Rev Cuid. 2021; 12(3): e1970

http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.1970

RESEARCH ARTICLE

 

Construção e Validação de Instrumento sobre o uso de Anticoncepcional Hormonal Oral

 

Construcción y Validación de un Instrumento Sobre el Uso de Anticonceptivos Hormonales Orales

 

Construction and Validation of Instrument on the use of Oral Contraceptive

 

Francisco de Assis Viana dos Santos1, Alice de Sousa Ventura2, Amanda Bastos de Castro3, Angelina Monteiro Furtado4, Jéssica de Menezes Nogueira5, Jardeliny Corrêa da Penha6

 

  1. Universidade Federal do Piauí, Floriano, Piauí, Brasil. E-mail: assissantosf9@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3047-260X
  2. Universidade Federal do Piauí, Floriano, Piauí, Brasil. E-mail: aliceventura07@hotmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4805-912X
  3. Universidade Federal do Piauí, Floriano, Piauí, Brasil. E-mail: amandabastos.1710@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4181-804X
  4. Universidade Federal do Piauí, Floriano, Piauí, Brasil. E-mail: angelinamonteiro1@yahoo.com.br ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5210-160X
  5. Universidade Federal do Piauí, Floriano, Piauí, Brasil. E-mail: jessicademenezesn@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8201-7169
  6. Universidade Federal do Piauí, Floriano, Piauí, Brasil. E-mail: jardelinypenha@yahoo.com.br ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5956-9072 Autor de correspondência

 

Recebido: 30 de Outubro de 2020
Aceito: 02 de agosto de 2021
Publicado: 10 de setembro de 2021

 

Como citar este artigo:Santos, Francisco de Assis Viana dos; Ventura, Alice de Sousa; Castro, Amanda Bastos de; Furtado, Angelina Monteiro; Nogueira, Jéssica de Menezes; Penha, Jardeliny Corrêa da. Construção e Validação de Instrumento sobre o uso de Anticoncepcional Hormonal Oral. Revista Cuidarte. 2020;12(3):e1970. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.1970

 

 

  Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0)

 


Resumo

 

Introdução: Os anticoncepcionais hormonais orais estão entre os métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres, quando usado corretamente apresenta grande eficácia, mas para o uso adequado é fundamental que elas tenham conhecimentos e atitudes adequadas sobre eles. Objetivo: Construir e validar um inquérito para avaliar os conhecimentos, atitudes e prática sobre o uso de anticoncepcional hormonal oral. Métodos: Estudo metodológico, que aconteceu em duas etapas: construção do inquérito e validação por juízes especialistas. A análise da validade de conteúdo foi realizada por meio do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Os juízes avaliaram cada item individualmente, com relação à clareza da linguagem, à pertinência prática e à relevância teórica. A pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Na revisão integrativa da literatura, 34 publicações foram selecionadas e a análise delas permitiu a identificação das três categorias: conhecimentos, atitudes e prática quanto ao uso de anticoncepcionais hormonais orais, o que levou à construção do inquérito com 34 questões. Quanto ao IVC, grande parte das questões obteve valor superior a 0,8 (80,0%), o qual foi utilizado como parâmetro. Sobre o IVC total por juiz, em 10 (83,3%) deles se observou também valor superior a 0,8. Já o IVC total do inquérito foi de 0,86. Conclusões: O inquérito construído mostrou-se ser um instrumento válido para se obter um diagnóstico situacional dos níveis de conhecimentos, de atitudes e prática de uma dada população que faz uso de anticoncepcionais orais.

 

Palavras-chave: Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde, Anticoncepcionais Orais, Saúde Sexual e Reprodutiva, Estudo de Validação.

 


Abstract

 

Introduction: Oral hormonal contraceptives are among the contraceptive methods most used by women, when used correctly, it is highly effective, but for proper use, it is essential that they have adequate knowledge and attitudes about them. Objective: To build and validate an inquiry to assess knowledge, attitudes and practice on or use of oral hormonal contraceptive. Methods: Methodological study, which took place in two stages: construction of the survey and validation by expert judges. The content validity analysis was performed using the Content Validity Index (CVI). The judges evaluated each item individually, with respect to language clarity, practical relevance and theoretical relevance. The Research Ethics Committee approved the research. Results: In the integrative literature review, 34 publications were selected and their analysis allowed the identification of the three categories: knowledge, attitudes and practice regarding the use of oral hormonal contraceptives, which led to the construction of the survey with 34 questions. As for the CVI, most of the questions had a value greater than 0.8 (80.0%), which was used as a parameter. Regarding the total CVI per judge, 10 (83.3%) of them also had a value higher than 0.8. The total CVI of the survey was 0.86. Conclusions: The constructed survey proved to be a valid instrument for obtaining a situational diagnosis of the levels of knowledge, attitudes and practice of a given population that uses oral contraceptives.

 

Keywords: Health Knowledge, Attitudes and Practice, Oral Contraceptives, Sexual and Reproductive Health, Validation Study.

 


Resumen

 

Introducción: Anticonceptivos hormonales orales se encuentran entre los métodos anticonceptivos más utilizados por las mujeres, cuando se usan correctamente es altamente efectivo, pero para su uso adecuado es fundamental que tengan los conocimientos y actitudes adecuados. Objetivo: Construir y validar una encuesta para evaluar conocimientos, actitudes y prácticas con respecto al uso de anticonceptivos hormonales orales. Métodos: Estudio metodológico, que se desarrolló en dos etapas: construcción de la encuesta y validación por jueces expertos. Análisis de validez de contenido se realizó mediante el Índice de Validez de Contenido (IVC). Jueces evaluaron cada ítem individualmente, con respecto a la claridad del lenguaje, relevancia práctica y relevancia teórica. La investigación fue aprobada por el Comité de Ética en Investigación. Resultados: En la revisión integradora de la literatura se seleccionaron 34 publicaciones y su análisis permitió identificar las tres categorías: conocimientos, actitudes y práctica en relación al uso de anticonceptivos hormonales orales, lo que llevó a la construcción de la encuesta con 34 preguntas. La mayoría de las preguntas tuvo un IVC superior a 0,8 (80,0%), que se utilizó como parámetro. En cuanto al IVC total por juez, 10 (83,3%) de ellos también tenían un valor superior a 0,8. El CVI total de la encuesta fue de 0,86. Conclusiones: La encuesta construida resultó ser un instrumento válido para obtener un diagnóstico situacional de los niveles de conocimientos, actitudes y prácticas de una determinada población que usa anticonceptivos orales.

 

Palabras clave: Conocimientos, Actitudes y Práctica en Salud, Anticonceptivos Orales, Salud Sexual y Reproductiva, Estudio de Validación.

 


 

Introdução

 

Os contraceptivos são métodos de planejamento familiar, os quais são utilizados para prevenir uma gravidez não desejada ou não planejada, dentre os quais citam-se os métodos contraceptivos hormonais orais1. Estes também chamados de pílulas anticoncepcionais, foram legalizados em 1960, nos Estados Unidos, pela primeira vez2. No Brasil, passaram a ser distribuídos em 19783.

 

Aliado à prevenção de uma gravidez não desejada ou não planejada, os anticoncepcionais hormonais orais proporcionam à mulher o controle sobre seu corpo e sexualidade, de modo a contribuir para o seu crescimento no mercado de trabalho e principalmente para o desenvolvimento da autonomia e da independência reprodutiva, promovendo, assim, um grande impacto no comportamento e posição dela na sociedade4. Esses contraceptivos permitem que as usuárias fiquem mais despreocupadas com a gravidez e tenham maior liberdade sexual, consequentemente, exibindo maior efeito no aumento da frequência das relações sexuais e no número e intensidade dos orgasmos5.

 

Em todo o mundo, os anticoncepcionais hormonais orais são utilizados por cerca de 100 milhões de mulheres em todo o mundo6. Em território brasileiro, em 2015, as mulheres que usavam algum tipo de método contraceptivo chegavam a 79,0%, contra cerca de 51,0%, em 19707, sendo os anticoncepcionais hormonais orais um do mais utilizados devido à praticidade, segurança, facilidade de acesso, eficácia e por não interferir na vida sexual8.

 

É fundamental destacar que se estima que mais mulheres usarão contraceptivos até 2030, indo dos 758 milhões para 778 milhões7. Porém, embora se note elevada prevalência de mulheres em uso do método anticoncepcional hormonal oral, o conhecimento sobre este pode não ser suficientemente adequado, o que poderá interferir no uso correto e consequentemente na eficácia.

 

Sobre isso, pesquisa realizada em Amorinópolis, Goiás, Brasil, com adolescentes do sexo feminino matriculadas no ensino médio, constatou que: 18,6% conheciam o anticoncepcional hormonal oral; 39,5% referiram que este método serve para regular o ciclo menstrual, seguido de 29,6%, que disseram que previne infecções sexualmente transmissíveis (IST); e 30,0% achavam que deve ser iniciado no final do ciclo menstrual. Os achados evidenciam, portanto, alguns conhecimentos errôneos sobre o uso dos contraceptivos orais9.

 

Nesse ínterim, e considerando ainda uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especificamente do ODS 3 (três), Saúde e Bem-estar, que visa assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais10, é fundamental o desenvolvimento de ações de educação em saúde sobre métodos anticoncepcionais orais para mulheres em idade fértil (de 10 a 49 anos de idade), a fim de que estes sejam usados utilizados corretamente e tenham eficácia.

 

Mas para a realização de ações de educação em saúde, é primordial que, inicialmente, sejam investigados os conhecimentos, as atitudes e a prática das mulheres acerca dos métodos citados, a fim de se obter subsídios necessários para o desenvolvimento de estratégias educativas diferenciadas e congruentes com as singularidades do grupo em questão.

 

Com isso, numa tentativa de coletar informações sobre contracepção e comportamento reprodutivo, pode ser desenvolvido um modelo especial de estudo conhecido como conhecimento, atitude e prática (CAP), este visa o desenvolvimento de programas mais apropriados para as necessidades específicas da população estudada11,12.

 

Os estudos CAP pertencem a uma categoria de estudos avaliativos, chamados de avaliação formativa, ou seja, por meio dos quais se obtêm dados de uma parcela populacional específica, visto que permitem identificar possíveis caminhos para a realização de intervenções eficazes. Por sua vez, consistem em um conjunto de questões que possibilitam medir o que a população sabe, pensa e atua frente a um determinado problema13-15.

 

A metodologia CAP permite reunir informações de forma dinâmica de uma população a partir do seu conhecimento, da sua atitude e da sua prática, quanto a determinado tema, permitindo um preciso diagnóstico14-16, de modo a oferecer resultados que possibilitem planejar, implementar e avaliar o trabalho a ser desempenhado14.

 

Assim, questiona-se: a construção de um inquérito será capaz de avaliar os conhecimentos, atitudes e prática das mulheres sobre o uso de anticoncepcional hormonal oral? Logo, a presente pesquisa objetiva construir e validar um inquérito para avaliar os conhecimentos, atitudes e prática sobre o uso de anticoncepcional hormonal oral. A criação desse inquérito permitirá a avaliação dos conhecimentos, atitudes e prática de mulheres em idade fértil sobre esse método, aspecto fundamental para a elaboração de ações direcionadas ao planejamento familiar e reprodutivo delas.

 

Materiais e Métodos

 

Trata-se de um estudo metodológico de elaboração e validação de conteúdo do inquérito Conhecimentos, Atitudes e Prática sobre o Uso de Anticoncepcional Hormonal Oral, o qual foi desenvolvido em duas etapas:1ª etapa – construção do inquérito CAP; e 2ª etapa – validação do inquérito por juízes especialistas, conforme fluxograma 1.

 

Levantamento teórico e construção do inquérito Conhecimentos, Atitudes e Prática sobre o Uso de Anticoncepcional Hormonal Oral

 

O levantamento de evidências cientificas se deu por meio da realização de uma revisão integrativa da literatura (RIL), a fim de identificar as principais publicações sobre a temática para embasar a formulação do inquérito CAP, a qual foi realizada no período de junho a agosto de 2019. Para a elaboração da presente revisão, foram utilizadas as seguintes etapas: 1- seleção da questão de estudo, 2- estabelecimento dos critérios para a seleção da amostra, 3- busca na literatura, 4- definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados, 5- avaliação dos estudos incluídos na revisão, e 6- interpretação dos resultados17.

 

Fluxograma 1. Detalhamento das etapas do estudo. Floriano, Piauí, Brasil, 2020.

Fonte: Dados da Pesquisa, 2020.

 

 

A elaboração da questão norteadora constituiu a primeira etapa: quais os conhecimentos, as atitudes e/ou prática das mulheres em idade fértil frente ao uso de contraceptivos/anticoncepcionais hormonais orais na Atenção Primária à Saúde? Esta questão foi organizada de acordo com a estratégia PICo18: P – população (mulheres em idade fértil); I − intervenção/área de interesse (conhecimentos, atitudes e/ou prática frente ao uso de contraceptivos/anticoncepcionais hormonais orais); Co – contexto (Atenção Primária a Saúde).

 

Partindo para a segunda etapa, foram adotados como critérios de inclusão: publicações disponíveis gratuitamente, nos idiomas português, inglês e espanhol, de pesquisas desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde. Foram excluídos teses, dissertações e editoriais.

 

Quanto ao levantamento, o qual corresponde à terceira etapa (busca na literatura), foi realizado nos meses de julho a outubro de 2019, via Portal Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) com acesso às seguintes bases de dados: Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e Scopus (Elsevier). Também foi realizado acesso ao Banco de Dados em Enfermagem (BDEnf), à Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), à Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

 

Para a busca nas bases de dados, primeiramente foram selecionados descritores em português e, em seguida, buscou-se os equivalentes no banco de descritores da Medical Subject Headings (MeSH) e dos títulos CINAHL. Foram descritores da MeSH: “Women”, “Fertile Period”, “Health Knowledge, Attitudes, Practice”, “Knowledge”, “Attitude”, “Contraceptives, Oral” e “Primary Health Care”, e os títulos CINAHL foram: “Women”, “Knowledge”, “Attitude”, “Contraceptives, Oral” e“Primary Health Care”. Eles foram utilizados por meio de combinações. Destaca-se que a busca na BVS foi realizada utilizando os descritores MeSH.

 

A partir das combinações inseridas nas bases de dados já citadas e aplicação de critérios de inclusão e exclusão, chegou-se a um total amostral de 34 artigos, conforme apresentado no fluxograma abaixo (fluxograma 2).

 

Após selecionados os estudos que compuseram a amostra, fez-se a extração das informações ou dados desse material. A definição das informações a serem extraídas, equivalente à quarta etapa de uma RIL foi determinada a partir da elaboração de um formulário que continha as seguintes questões: título, ano, base de dados, abordagem, objetivo ou questão de investigação, amostra/sujeitos, resultados e nível de evidência da publicação. Este instrumento de coleta de dados foi adaptado de Ursi19.

 

Quanto à análise do material selecionado, ou seja, avaliação dos estudos incluídos na revisão, os achados foram analisados de forma descritiva e crítica, possibilitando observar, contar, descrever e classificar os dados, com o intuito de reunir o conhecimento produzido sobre o tema explorado na revisão20. Esta análise permitiu identificar os achados que se enquadravam nas categorias previamente determinadas: 1- conhecimentos; 2- atitudes; e 3- prática sobre o uso de contraceptivos hormonais orais.

 

A partir disso, o inquérito “Conhecimentos, Atitudes e Prática sobre o Uso de Anticoncepcional Hormonal Oral” foi elaborado no período de novembro de 2019 a março de 2020. O primeiro inquérito continha 38 questões, dessas 15 eram referentes aos conhecimentos, 12, às atitudes e as outras 11, à prática. Os próprios pesquisadores avaliaram e refinaram este primeiro inquérito, o que resultou em um instrumento com 34 questões, sendo 15 sobre os conhecimentos, as quais abordavam questões acerca da finalidade da pílula, mecanismo de ação, benefícios não contraceptivos, uso, efeitos colaterais contraindicações e interações medicamentosas; 08, as atitudes, em que estavam presentes perguntas sobre o que ela acha que deve ser o motivos do uso, o que ela acha da forma de usar, e se ela acha que há necessidade de avaliação profissional;  e  11, a prática, as quais indagavam sobre motivos do uso, o uso em si e a avaliação por profissional de saúde.

 

Fluxograma 2. Detalhamento da busca dos artigos nas bases de dados. Floriano, Piauí, Brasil, 2020.

Fonte: Dados da Pesquisa, 2020.

 

 

Validação do inquérito Conhecimentos, Atitudes e Prática sobre o Uso de Anticoncepcional Hormonal Oral por juízes especialistas

 

O período de validação do inquérito CAP foi de março a agosto de 2020. A seleção dos juízes se deu por conveniência, seguindo o atendimento de critérios de seleção preestabelecidos e adaptados de outros autores21,22.

 

E quanto ao número ideal de juízes para o processo de validação, a literatura é diversificada e não existe uma padronização para tal. Sendo assim, os pesquisadores decidiram por seguir as recomendações de Pasquali23. Frente a isso, participaram da presente pesquisa 12 juízes especialistas.

 

Inicialmente, fez-se uma consulta prévia na Plataforma Lattes do portal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a fim de se identificar pesquisadores que contemplassem os critérios estabelecidos. Essa consulta foi realizada mediante a utilização das seguintes combinações: “saúde da mulher e planejamento reprodutivo e conhecimento e atitude e prática”; “saúde da mulher e planejamento reprodutivo e conhecimento e atitude e prática e anticoncepcional oral”;  “saúde da mulher e planejamento reprodutivo e validação de inquéritos e conhecimento e atitude e prática”; “saúde da mulher e assistência ao planejamento reprodutivo e validação de inquéritos”; “saúde da mulher e assistência ao planejamento reprodutivo e validação de inquéritos e atitude e prática e anticoncepcional oral”; “saúde da mulher e conhecimento e atitude e prática e anticoncepcional oral”; “anticoncepcional e planejamento reprodutivo e planejamento familiar”. Foram encontrados 158 perfis, desse foram elegíveis para participar da pesquisa 35, para os quais foi enviado o convite.

 

Além dessa consulta na Plataforma Lattes, houve a indicação pelos pesquisadores de juízes que se enquadravam nos critérios de inclusão, bem como na pontuação mínima exigida, 5 (cinco) pontos.

 

Para aqueles que aceitaram participar da pesquisa, foi enviado um e-mail, contendo: 1- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE); 2- questionário de caracterização dos juízes especialistas; 3- instrumento de validação da construção e validação do inquérito; e o 4- inquérito CAP.

 

O questionário de caracterização dos juízes especialistas continha questões sobre a identificação, qualificação e trajetória profissional. Já o instrumento de validação do inquérito, continha três partes: a primeira, apresentava instruções aos juízes; a segunda, o quadro de avaliação das 34 questões, por meio de uma escala do tipo Likert (1- pouquíssima, 2- pouca, 3- média, 4- muita e 5- muitíssima), que analisou a clareza da linguagem, a pertinência prática e a relevância teórica; e a terceira, a qual continha uma questão sobre se o quadro de classificação do conhecimento, da atitude e da prática estava apropriado para determinar se estes itens eram adequados ou inadequados.

 

Quanto à análise da validade de conteúdo do inquérito, esta foi realizada por meio do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Este índice mede a proporção ou porcentagem de juízes que estão em concordância sobre determinados aspectos do instrumento e de seus itens24-26. Assim, é calculado com a utilização de uma escala do tipo Likert.

 

O cálculo do IVC, por questões e por juízes, foi feito a partir do somatório das respostas “4” e “5” de cada juiz em cada item do questionário e dividido pelo número total de respostas24,27.

 

IVC = Número de resposta “4” e “5”

        Número total de resposta

 

Os itens que receberem pontuação “1” ou “2” ou “3” foram revisados ou eliminados. Destaca-se que foi adotado como valor aceitável de IVC aquele igual ou superior a 0,8 (0,80%)28,29, o qual foi adotado em outros estudos de validação13,30.

 

Os dados do IVC foram digitados e analisados no Microsoft Excel, versão 2013. E quanto à caracterização dos juízes, os dados obtidos foram inseridos e analisados no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. O tratamento e análise descritiva compreendeu frequências absolutas e relativas e medidas de tendência central (média e mediana).

 

Aspectos éticos

 

A presente investigação seguiu todas as diretrizes brasileiras e internacionais no que concerne à realização de pesquisa envolvendo sendo humanos, de modo a se destacar aprovação dela em Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 3.563.788). Enfatiza-se ainda que todos os participantes assinaram digitalmente o TCLE, o qual foi devolvido aos pesquisadores. Este documento detalhava claramente a pesquisa, bem como riscos e benefícios, além de informar que não haveria benefício financeiro e que os juízes poderiam desistir da pesquisa a qualquer momento.

 

Resultados

 

Caracterização dos estudos selecionados para a revisão integrativa da literatura

 

Inicialmente, apresenta-se uma caracterização dos estudos selecionados na RIL e, conforme se observa no quadro 1, a base com maior prevalência foi a Medline, com 22 (64,7%) publicações; o ano o mais predominante foi 2014, com 6 (17,6%); a abordagem quantitativa esteve presente na maioria das publicações, em 33 (97,1%); e o nível de evidência prevalente foi o 4, em 26 (76%) publicações.

 

Não é apresentado no quadro abaixo, mas se pode constatar que a maioria das pesquisas foram realizadas com mulheres em idade reprodutiva, compreendida entre 18 a 44 anos de idade, e que, em síntese, os estudos objetivaram por pesquisar “a avaliação do conhecimento acerca do uso dos anticoncepcionais”, “o conhecimento das mulheres sobre os riscos e os benefícios dos métodos anticoncepcionais”, “avaliação do uso dos anticoncepcionais pelas mulheres”, “descrever o crenças e comportamentos contraceptivos” e “explorar as opiniões das mulheres sobre uma restrição de idade para o uso das pílulas”.

 

E em relação aos resultados que responderam à questão norteadora da RIL, eles foram classificar em três categorias: conhecimentos, atitudes e prática quanto uso dos anticoncepcionais hormonais orais. Acerca do conhecimento, identificou-se, em síntese, que as mulheres conhecem os efeitos colaterais, porém há um déficit no que diz respeito ao conhecimento dos efeitos não contraceptivos (1, 3, 23, 31 e 34); elas têm dúvida de como é o funcionamento das pílulas e de como usar (8, 10, 14, 19 e 24); além disso, algumas desconhecem as contraindicações e as interações medicamentosas entre a pílula e outras medicações (15, 25, 28 e 32).

 

Quanto à atitude, constatou-se que o déficit no conhecimento das usuárias interfere diretamente no modo como elas veem as pílulas, ou seja, o que elas sabem sobre ou não sobre efeitos colaterais, contraindicações e efeitos nãos contraceptivos interferi de modo positivo ou negativo na confiança de las sobre a pílula (3, 4, 5, 6, 9, 11, 13, 17, 20, 27 e 31).

 

Já com relação à prática, em grande parte, observou-se que a descontinuação está atrelada aos efeitos colaterais menores, em decorrência das mulheres não saberem identificar quais são (04, 05, 0,6, 08 e 32); e a rotina o esquecimento e desabastecimento também são uns dos principais motivos para a descontinuação do uso (22, 27 e 33).

 

Quadro 1. Caracterização dos estudos selecionados para amostra da revisão integrativa da literatura. Floriano, Piauí, Brasil, 2020.

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.


Caracterização dos juízes especialistas e validação de conteúdo

 

Participaram do estudo 12 (doze) juízes especialistas, com idade entre 23 a 60 anos, com média de 35,58 anos. A maioria deles, 11 (91,7%), era do sexo feminino; com mais de 10 anos de formação, 8 (66,7%); enfermeiro(a), 10 (83,3%); doutor(a), 5 (41,7%); e docente, 7 (58,4%).

 

O parâmetro utilizado para validar os itens foi de 0,8 (80,0%), ou seja, as questões, com respectivos itens, que obtiveram IVC total menor que 0,8 passaram por um processo de revisão, em que foi decidido pelos pesquisadores se ela seria reformulada ou removida do inquérito. Além disso, foram consideradas também as sugestões dos juízes sobre cada item, mesmo que tivesse um IVC≥0,8.  Assim, são apresentados na tabela 1 o ICV de cada item (clareza, pertinência e relevância) e do total por questão.

 

Tabela 1. Apresentação do Índice de Valide de Conteúdo da clareza, pertinência, relevância e total de cada questão do Inquérito Conhecimentos, Atitudes e Prática sobre o Uso do Contraceptivo Oral. Floriano, Piauí, Brasil, 2020.

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

 

Como observado na tabela 1, as questões 02, 03, 04, 11, 12, 14, 15, 16, 20, 21 e 22 obtiveram IVC menor que 0,80, portanto, foram obrigatoriamente revisadas ou removida. Já as questões 07, 08, 09, 13, 17, 23, 25, 26, 27, 30, 32 e 34, mesmo com IVC≥0,8, foram verificadas para revisão, considerando as sugestões dos juízes, as quais estão apresentadas no quadro 2.

 

Quadro 2. Detalhamentos das sugestões dos juízes especialistas e decisão dos pesquisadores por questões do inquérito CAP construído. Floriano, Piauí, Brasil, 2020.

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

 

 

No gráfico 1, é revelado o IVC total do inquérito CAP por juízes, obtido por meio do somatório dos valores 4 ou 5 dados por eles em cada item (clareza, pertinência e relevância) de cada questão, dividido pelo quantitativo de itens avaliados. Na avalição de 10 (83,3%) juízes, o inquérito CAP obteve valores de IVC igual ou superior a 0,8 ou 80,0%. Quanto ao IVC total do inquérito, que se deu por meio do somatório do IVC obtido na avaliação de cada juiz, dividido pelo total de juízes especialistas participantes da pesquisa, foi de IVC total de 0,86 (86,0%).

 

Gráfico 1. Apresentação de Índice de Validade de Conteúdo total por juiz especialista participante do estudo. Floriano, Piauí, Brasil, 2020.

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

 

É primordial destacar que, depois da realização de todos os ajustes no Inquérito CAP sobre o uso do anticoncepcional oral, o instrumento passou a conter as 35 questões, distribuídas da seguinte forma: 15 sobre os conhecimentos; 09, acerca das atitudes; e 11, da prática.

 

Discussão

 

A questão 01 do inquérito (“Você sabe ou já ouviu falar sobre o que é a pílula anticoncepcional?”) obteve IVC total de 0,8. Embora fosse clara, no item relevância e pertinência, ela apresentou um índice menor do que aquele considerado como padrão. Outros inquéritos CAP, um sobre uso do preservativo masculino e outro acerca do exame Papanicolau, possuíam como primeira questão no tópico sobre conhecimentos uma pergunta similar à apresentada31,32.

 

Esses dois inquéritos tinham perguntas que indagavam se o participante sabe ou já ouviu falar acerca do assunto abordado, visto que o uso daquele método ou a realização do exame citado não eram prerrequisitos para o público-alvo que responderia ao instrumento. Já o inquérito do presente estudo deverá, futuramente, ser respondido apenas por mulheres que já utilizaram ou estarão em uso de contraceptivo hormonal oral, diante disso, os pesquisadores decidiram por seguir a sugestão de um dos juízes sobre remover a questão.

 

A questão 15 (“As pílulas anticoncepcionais podem interagir com outros medicamentos?”) obteve IVC total de 0,77. Este resultado levou à análise minuciosa da pergunta. Destaca-se que as sugestões dos juízes foram dicotômicas, sendo assim, os pesquisadores decidiram por manter a pergunta tendo em vista a relevância dela, pois é imprescindível que as usuárias tenham conhecimento e entendimento das possíveis interações medicamentosas, que podem resultar em risco à saúde, bem como, em diminuir a eficácia contraceptiva do método e que, enquanto estiverem em tratamento, a utilização de outro método de suporte deverá acontecer

 

Quando os anticoncepcionais hormonais orais são ingeridos, o estrogênio e a progesterona são absorvidos pela mucosa intestinal lançados na corrente sanguínea e conduzidos para o fígado (ciclo entero-hepático). Porém, quando ocorre a utilização de um antibiótico bactérias da flora intestinal são eliminadas, as quais são responsáveis pela hidrólise dos conjugados estrogênios, assim, o ciclo êntero-hepático do estrógeno é diminuído, tendo uma redução dos níveis plasmáticos de estrógeno ativo33.

 

Desse modo, os medicamentos que apresentam maiores interações com os anticoncepcionais hormonais orais são os antibióticos de largo espectro. Em 1985, foi comprovado cientificamente que a rifampicina, antibiótico para o tratamento de tuberculose, teve alta interferência no metabolismo dos contraceptivos orais. Além dele, a amoxicilina, eritromicina, penicilina e tetraciclinas também apresentam interação com esse método contraceptivo. Ademais, os anticonvulsivantes (fenobarbital, fenitoínas, primidona e carbamazepina) e antifúngicos (griseofulvina) agem nos níveis plasmáticos diminuindo assim a eficácia contraceptiva4,34.

 

Frente a isso, reforça-se a importância de que o conhecimento, a atitude e a prática das mulheres quanto ao uso de anticoncepcional hormonal oral mediante utilização de outro medicamento sejam investigados, a fim de que, quando detectado que esses são inadequados, os profissionais de saúde possam traças estratégias mais eficazes de educação em saúde sobre a interação medicamentosa desse método contraceptivo com outros medicamentos, de modo a prevenir uma gravidez não planejada.

 

Quanto às demais questões do inquérito CAP que foram revisadas, afirma-se de forma sintética que as recomendações dos juízes especialistas foram no sentido de tornar perguntas e respostas mais compreensíveis pelo público-alvo, sem ser pontuado erro no conteúdo do tema ora abordado, como: substituição de termos técnicos; padronização do termo pílula em todo o instrumento; redução da quantidade de palavras em perguntas e/ou respostas; e/ou transformação de uma questão em duas.

 

Do mesmo modo, estudo metodológico, que teve como objetivo elaborar uma caderneta de acompanhamento e orientação em saúde sobre a doença falciforme para familiares de crianças com essa enfermidade e realizar a sua validação, revelou que algumas das principais contribuições dos juízes especialistas estiveram relacionadas à substituição e ao acréscimo de alguns termos, entre outas, visando facilitar a compreensão do público-alvo quanto as orientações apresentadas35.

 

Semelhantemente, em pesquisa, que objetivou descrever o processo de elaboração e validação de conteúdo acerca do uso do preservativo para a aplicação na educação em saúde, no âmbito da aprendizagem baseada em problemas, também foi identificado que alguns avaliadores sugeriram alterações para tornar o texto compreensivo e mais claro também36.

 

Isso se justifica pelo fato de que a linguagem das informações encontradas na literatura deve ser transformada, tornando-as acessíveis às camadas sociais predominantes no Sistema Único de Saúde brasileiro, independentemente do grau de instrução das pessoas, visto que, muitas vezes, se percebe a utilização de linguagem técnica, que só os profissionais da área compreendem13,37.

 

Para finalizar é importante destacar que o inquérito CAP construído e validado é claro, pertinente e relevante para aquilo que se destina e dele se espera, pois obteve IVC total de 0,86 (86,0%). Em face disso, revela-se que o objetivo deste estudo foi atingido. Estudos semelhantes não foram identificados, porém, identificou-se um estudo que elaborou e utilizou com o público-alvo um CAP de uso consistente de anticoncepcionais orais combinados, entretanto, não efetuou a etapa de validação38.

Outros instrumentos para avaliar conhecimentos, atitudes e/ou prática, mas destinados a diversos métodos anticoncepcionais, também foram construídos e validados satisfatoriamente por juízes especialistas, profissionais de saúde e/ou pacientes, como: inquérito Conhecimento, Atitude e Prática sobre o método dos dias fixos39; e instrumento Avaliação do Conhecimento em Contracepção (em inglês: Contraceptive Knowledge Assessment – CKA)40.

 

Tal achado desvela, pois, a contribuição desta pesquisa para o meio acadêmico e assistencial por haver levado à construção e validação de um instrumento que permitirá a avaliação, bem como a identificação de lacunas, do conhecimento, das atitudes e da prática de mulheres quanto ao uso de anticoncepcionais hormonais, sejam eles combinados ou isolados.

 

Conclusões

 

Como observado, o instrumento construído e validado obteve um IVC superior ao parâmetro adotado na pesquisa, desse modo, conclui-se que o “Inquérito Conhecimentos, Atitudes e Prática sobre o Uso de Anticoncepcional Hormonal Oral” é um instrumento válido para ser aplicado com a finalidade de obter um diagnóstico situacional dos níveis de conhecimentos, de atitudes e prática de uma dada população que faz uso de contraceptivos orais, impactando positivamente nas ações de planejamento familiar ou reprodutivo.

 

Ademais, sugere-se a elaboração de um procedimento operacional padrão (POP), para auxiliar os futuros colaboradores durante a aplicação do instrumento com o público-alvo, visto que algumas questões possuem mais de uma resposta correta, bem como para sanar possíveis dúvidas das participantes sobre possíveis termos.

 

Todavia, há que se destacar aqui as limitações do presente estudo: o inquérito não foi validado pelo público-alvo; e não houve realizado de um teste de legibilidade das questões. Frente a isso, recomenda-se a realização de estudos que validem o instrumento com mulheres em idade fértil e que fizeram ou fazem uso de anticoncepcionais hormonais orais, bem como se aplique o teste de legibilidade a fim de observar se a leitura e, consequentemente a compreensão, das perguntas e respostas são acessíveis à população. Com isso, ter-se-á um instrumento eficaz para o que se pretende, o qual contribuirá para que os profissionais de saúde, em especial os enfermeiros, no momento do planejamento familiar, tomem decisões seguras.

 

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