Rev Cuid. 2022; 13(2): e2744
http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.2744
EDITORIAL
Escala de avaliação de artigos com metodologias heterogêneas para revisões integrativas
Miguel Andrez Valencia-Contrera1
Highlights:
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Recebido: 25 de abril de 2022
Aceito: 02 de Junho de 2022
Publicado: 16 de Junho de 2022
Como citar este artìgo: Valencia-Contrera Miguel Andrez. Escala de avaliação de artigos com metodologias heterogêneas para revisões integrativas. Revista Cuidarte. 2022;13(2): e2744. .http://dx.doi.org/10.15649/ cuidarte.2744
Avaliação de Artigos com Metodologias Heterogêneas para Revisões Integrativas (AAMH)1. Esta foi gerada em resposta à crescente necessidade de garantir a qualidade dos resultados em revisões integrativas. A proposta fornece diretrizes sobre critérios básicos que qualquer artigo devem cumprir para serem incluídos na análise dos resultados.
A escala é composta por 6 questões avaliativas, cujas respostas são dicotômicas “SIM/NÃO”, cada resposta “SIM” apresenta um ponto, portanto, sua pontuação varia de zero a seis pontos, e sua interpretação é a seguinte: de 0 a 3 pontos “artigo não recomendado para análise”; 4 a 5 pontos “artigo adequado para análise”; e, por fim, 6 pontos “artigo ideal para análise”. A seguir, serão apresentados os resultados da aplicação da referida escala na análise dos artigos publicados nesta revista, período 2021-2022 até o mês de abril (vide Tabela1). A base de dados foi armazenada em Mendeley Data2.
Tabela 1. Análise segundo a escala de revisões integrativas da AAMH publicada na revista Cuidarte, período 2021-2022
Artigos analisados |
Total de citações usadas como amostra |
Artigos usados como amostra e classificados de acordo com as categorias da escala AAMH |
Investigações não recuperadas |
0-3 pontos/ 4-5 pontos/ 6 pontos |
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223 |
30 / 18 / 165 |
10 |
Após a análise, 13,4% (n=30) dos artigos utilizados como amostra nas revisões analisadas3-11 obtiveram de 0 a 3 pontos, classificação correspondente a "artigo não recomendado para análise", pois não conseguiram atender maioria das questões avaliativas contidas na escala. Ressalta-se que do total de artigos utilizados como amostra, nenhum utilizou critérios de qualidade em suas respectivas amostras, sendo utilizados os seguintes: classificações de nível de evidência; questões clínicas; o Aplicação de Modelos Critical Appraisal Skills Programme (CASPe).
Os resultados dão indícios de que a aplicação da escala nos artigos avaliados poderia melhorar a qualidade da amostra em revisões integrativas, considerada pelo presente autor como uma proposta que contribui para o alcance de todo o rigor que um pesquisador deve ter em seu escrutínio. Este documento não deve ter a pretensão de criticar ou questionar o trabalho de outros colegas, ainda mais quando eles passaram por uma fase de revisão, mas sim prestar homenagem ao rigor que o processo merece, destacando a importância de analisar a qualidade dos artigos selecionado em uma revisão.
O fato de um artigo ter atendido aos critérios de inclusão e exclusão definidos por um pesquisador não significa que seja ideal para a análise dos resultados, a não ser que se considere sua qualidade, pois muitos deles podem conter falhas na apresentação dos objetivos, metodologias, discrepâncias entre o objetivo e a metodologia, a ausência de justificativa para a quantidade e tipo de amostra, a ausência de informações que expliquem como a amostra foi acessada, e os resultados ou conclusões podem não corresponder ao objetivo declarado; nesse cenário, incorrer nesse erro pode levar a gerar um resultado tendencioso em uma revisão, por sua vez, isso pode ser utilizado pela comunidade científica e ser replicado, gerando um círculo vicioso que prejudica o rigor científico, é aí que enquadra a necessidade de utilizar meios que remediam aqueles elementos que reduzem a qualidade dos resultados.
Conflitos de interesse: O presente autor declara não haver conflitos de interesse.
Informação sobre o financiamento: Nenhuma.
Referências