Rev Cuid. 2024; 15(3): e3610

https://doi.org/10.15649/cuidarte.3610

REVIEW ARTICLE

Aspectos clínicos dos casos de mpox humana no cenário mundial: revisão integrativa

Clinical aspects of human mpox cases in the global scenario: an integrative review

Aspectos clínicos de los casos de mpox humana en el escenario mundial: revisión integradora

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. E-mail: anaclaradaantas@yahoo.com.br Correspondence Author Ana Clara Dantas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. E-mail: cyntialeenara@gmail.com Cyntia Leenara Bezerra da Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. E-mail: daseufrn@gmail.com Dase Luyza Barbosa de Sousa Alves
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. E-mail: amandaba641@gmail.com Amanda Barbosa da Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. E-mail: silvahannap@gmail.com Hanna Priscilla da Silva Medeiros
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. E-mail: allynefortes@gmail.com Allyne Fortes Vitor

Highlights


 

Como citar este artigo: Dantas, Ana Clara; Da Silva, Cyntia Leenara Bezerra; De Souza Alves, Dase Luyza Barbosa; Da Silva, Amanda Barbosa; Medeiros, Hanna Priscila da Silva; Vitor, Allyne Fortes. Aspectos clínicos dos casos de mpox humana no cenário mundial: revisão integrativa. Revista Cuidarte. 2024;15(3):e3610. https://doi.org/10.15649/cuidarte.3610

Recebido:28 de novembro de 2023
Aceito:
2 de octubro de 2024
Publicado:
22 de novembro de 2024

CreativeCommons 

E-ISSN: 2346-3414



Resumo

Introdução: Nos últimos anos, a transmissão do MPXV entre humanos passou a ser frequentemente relatada. Apesar disso, observa-se uma escassez de estudos com evidências fortes para orientar a prática assistencial voltada aos casos de mpox humana. Objetivo: Analisar na literatura evidências científicas que abordem aspectos clínicos relacionados aos casos de mpox humana no cenário mundial. Materiais e Métodos: Revisão integrativa, realizada em cinco bases de dados: SCOPUS, Web of Science, Science Direct, MEDLINE/PubMed e CINAHL. A última data de acesso nas bases foi em 03 de outubro de 2024. A seleção dos estudos e relatório da revisão seguiu as recomendações da diretriz Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultados: Com uma amostra de 58 estudos, os principais achados foram aspectos relacionados aos sinais e sintomas, transmissão, diagnóstico, prevenção e cuidados da equipe multiprofissional e da equipe de enfermagem. Discussão: Não foram encontrados estudos que abordassem com frequência e especificamente os cuidados da equipe multiprofissional e, sobretudo, da equipe de enfermagem. Logo, os resultados identificados nesta revisão podem facilitar o manejo ao paciente com infecção relacionada ao MPXV. Conclusões: Este estudo promoveu o levantamento de evidências científicas que fundamentam a assistência ao paciente com mpox humana para a prática da equipe multiprofissional e da equipe da enfermagem, que contribuem para prevenir, detectar precocemente e tratar a infecção do vírus MPXV e suas possíveis complicações.

Palavras-Chave: Varíola dos Macacos, Saúde Global, Prevenção de Doenças, Cuidados de Enfermagem, Revisão.


Abstract

Introduction: In recent years, human-to-human transmission of MPXV has been frequently reported. Despite this, there is a lack of studies with strong evidence to guide the care practice focused on cases of human mpox. Objective: To analyze scientific evidence in the literature that addresses clinical aspects related to cases of human mpox on the global scenario. Materials and Methods: Integrative review conducted using five databases: SCOPUS, Web of Science, ScienceDirect, MEDLINE/PubMed and CINAHL. The last date of database access was October 3, 2024. The selection of studies and review report followed the recommendations of the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) guideline. Results: With a sample of 58 studies, the main findings were aspects related to signs and symptoms, transmission, diagnosis, prevention and care for the multidisciplinary and nursing teams. Discussion: No studies were found that frequently and specifically addressed the care for the multidisciplinary team and, above all, the nursing team. Therefore, the results of this review may facilitate the management of patients with MPXV-related infections. Conclusions: This study promoted the collection of scientific evidence that supports the care for patients with human mpox for the multidisciplinary team and the nursing team, which contributes to prevention, early detection and treatment of MPXV infection and its possible complications.

Keywords: Monkeypox, Global Health, Disease Prevention, Nursing Care, Review.


Resumen

Introducción: En los últimos años, la transmisión del virus MPXV entre humanos se ha informado con frecuencia. A pesar de esto, hay escasez de estudios con evidencia sólida que oriente la práctica asistencial centrada en casos de mpox humana. Objetivo: Analizar la evidencia científica en la literatura que aborda aspectos clínicos relacionados con casos de mpox humana a nivel mundial. Materiales y Métodos: Revisión integradora, realizada en cinco bases de datos: SCOPUS, Web of Science, ScienceDirect, MEDLINE/PubMed y CINAHL. La última fecha de acceso a las bases de datos fue el 3 de octubre de 2024. La selección de estudios y el informe de la revisión siguieron las recomendaciones de la guía Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultados: Con una muestra de 58 estudios, los principales hallazgos fueron aspectos relacionados con signos y síntomas, transmisión, diagnóstico, prevención y atención del equipo multidisciplinario y del equipo de enfermería. Discusión: No se encontraron estudios que abordaran con frecuencia y de forma específica el cuidado del equipo multidisciplinario y, sobre todo, del equipo de enfermería. Por lo tanto, los resultados identificados en esta revisión pueden facilitar el tratamiento de pacientes con infecciones relacionadas con MPXV. Conclusiones: Este estudio promovió el levantamiento de evidencia científica que respalda la atención a los pacientes con MPXV humano para la práctica del equipo multidisciplinario y del equipo de enfermería, que contribuyen a la prevención, detección temprana y tratamiento de la infección por el virus MPXV y sus posibles complicaciones.

Palabras Clave: Viruela del Mono, Salud Global, Prevención de Enfermedades, Atención de Enfermería, Revisión.

Introdução

A mpox humana, anteriormente conhecida como monkeypox, trata-se de uma doença zoonótica causada pelo vírus mpox (MPXV). Nos últimos anos, a transmissão entre humanos passou a ser mais frequentemente relatada, elevando a preocupação global acerca de seu potencial de disseminação1-4.

O primeiro caso da mpox humana no surto multinacional mais recente foi confirmado no Reino Unido em 6 de maio de 2022, em um homem que viajava da Nigéria. Novos casos foram rapidamente detectados em vários outros países, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em 23 de julho de 20225,6.

De acordo com o último relatório publicado dia 28 de setembro de 2024, um total de 106.310 casos confirmados de mpox humana haviam sido notificados em 123 locais em todo o mundo, incluindo 234 mortes. O maior número de casos foi relatado nos Estados Unidos da América (EUA) (33.812 casos), seguido pelo Brasil (12.206 casos) e Espanha (8.240 casos)7.

Apesar da relevância atual, observa-se uma escassez de estudos com evidências fortes para orientar a prática assistencial voltada aos casos de mpox humana. O presente estudo se justifica na importância de compilar informações que proporcionem uma prática baseada em evidências científicas sobre aspectos clínicos relacionados à mpox humana.

Este estudo objetiva analisar na literatura evidências científicas que abordem aspectos clínicos relacionados aos casos de mpox humana no cenário mundial.

 

Materiais e Métodos

Desenho

Trata-se de uma revisão integrativa, realizada por meio das seguintes etapas: elaboração da questão de pesquisa, identificação de estudos relevantes, seleção dos estudos e extração dos dados e, por fim, apresentação da uma síntese das evidências8,9. O presente estudo seguiu as recomendações da diretriz Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA)10. O conjunto de dados deste estudo foi armazenado no repositório público Mendeley Data11.

Elaboração da questão de pesquisa

A questão de pesquisa foi estabelecida com base na estratégia PICO (P: população – população geral; I: interesse – aspectos clínicos relacionados aos casos de mpox humana; C: contexto – cenário mundial). Assim, delimitou-se a seguinte questão norteadora: Quais as evidências científicas existentes acerca dos aspectos clínicos relacionados aos casos de mpox humana no cenário mundial?

Identificação de estudos relevantes

Foram acessadas cinco bases de dados: SCOPUS, Web of Science, ScienceDirect, National Library of Medicine/National Library of Medicine National Institutes of Health (MEDLINE/PubMed) e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL). A última data de acesso nas bases foi em 03 de outubro de 2024.

Em relação aos critérios de inclusão, considerou-se: estudos que abordassem as evidências sobre os casos de mpox humana no cenário mundial e disponíveis na íntegra. Com o intuito de alcançar um levantamento abrangente da literatura e considerando que a mpox humana é uma infecção milenar, cujas repercussões são foco de estudo em todo o mundo, não se estabeleceu recorte temporal das publicações. Foram excluídos editoriais, cartas ao editor, resumos, relatos de caso, séries de caso, relatos de experiência, revisões não sistemáticas e artigos de reflexão.

Para a estratégia de busca, utilizou-se os descritores indexados no Medical Subject Headings (MeSH): “Monkeypox”, “Monkeypox vírus” “Delivery of Health Care”, “Epidemiology” e “Signs and Symptoms”. Três estratégias de busca foram elaboradas para a base de dados SCOPUS, as quais foram adaptadas para as demais bases de dados, considerando suas particularidades (Tabela 1).

 

Tabela 1. Estratégias de busca elaboradas para base de dados SCOPUS

 

Seleção dos estudos e extração dos dados

A busca foi realizada por dois pesquisadores, de forma independente, encontrando a mesma quantidade de estudos em cada base de dados. As publicações encontradas foram armazenadas e exportadas para o software Rayyan – Intelligent Systematic Review (https://rayyan.ai/), onde ocorreu a exclusão das duplicatas e decisão de permanência dos estudos, com cegamento ativo. A organização das citações e lista de referências desta revisão foram gerenciadas pelo software gerenciador de referências Mendeley.

Após esse processo, foi realizada a leitura do título e resumo dos estudos encontrados a fim de analisar se respondiam à nossa pergunta norteadora de pesquisa. Os artigos incluídos após a leitura inicial foram submetidos à leitura na íntegra. No intuito de reduzir os possíveis vieses, dois pesquisadores realizaram, de forma independente, a etapa de seleção dos estudos para análise, havendo ainda um terceiro pesquisador para resolver os eventuais casos discordantes.

Para o procedimento de mapeamento e extração de dados foi desenvolvido um instrumento estruturado no Microsoft Excel 2019® com os seguintes itens: identificação dos estudos, aspectos metodológicos, itens relacionados aos aspectos clínicos dos casos de mpox humana e principais conclusões dos estudos.

Síntese das evidências

Um quadro analítico foi construído para a análise dos dados com o compilado de estudos selecionados, permitindo reunir e sintetizar as principais informações dos artigos. Os resultados foram analisados e, posteriormente, sintetizados de forma descritiva com a caracterização dos estudos.

Em relação ao nível de evidência para análise dos estudos, optamos por seguir as diretrizes do JBI, que apresentam cinco níveis de evidência, sendo eles: nível 1 – estudos experimentais; nível 2 – estudos quase-experimentais; nível 3 – estudos observacionais analíticos; nível 4 – estudos observacionais descritivos; nível 5 – opiniões de especialistas12.

 

Resultados

A etapa de busca nas bases de dados resultou em um total de 9.624 estudos identificados. Após o processo de seleção, 58 estudos compuseram a amostra final, conforme fluxograma apresentado na Figura 1.

 

Figura 1. Diagrama seleção dos estudos, de acordo com o fluxograma PRISMA

 

A maioria dos estudos foram publicados em 2023, com 60,34% (35) da amostra; provenientes da Europa, com 34,48% (20); com delineamento metodológico caracterizado por estudos de revisão sistemática com 34,48% (20); e escritos no idioma inglês com 100% (56). A Tabela 2 apresenta a caracterização dos estudos incluídos na amostra quanto aos autores, ano de publicação, país, periódico, desenho do estudo e nível de evidência. Os principais achados foram apresentados na Tabela 3.

 

Tabela 2. Caracterização dos estudos selecionados

X

Tabela 2. Caracterização dos estudos selecionados

Autores (ano) País Periódico Desenho do estudo/NE*
Ramirez-Soto et al. (2024)13 Peru Journal of Infection and Public Health Estudo observacional/3.e
Ribeiro et al. (2024)14 Brasil Epidemiologia e Serviços de Saúde Estudo descritivo/4.b
Malone et al.(202315 EUA International Journal of Environmental Research and Public Health. Revisão sistemática com meta-análise/1.b
Heukelom et al. (2023)16 Holanda Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology Estudo quase-experimental/2.c
Wieder-Feinsod et al. (2023)17 Israel International Journal of Infectious Diseases. Estudo retrospectivo/2.d
Passini et al.(2023)18 Itália Pathogens Estudo retrospectivo/2.d
Assiri et al. (2023)19 Arábia Saudita Journal of Infection and Public Health Estudo observacional/2.d
Maldonado et al. (2023)20 Peru International Society for Infectious Diseases Estudo observacional/2.d
Brosnan et al. (2023)21 EUA Emerging Infectious Diseases Estudo observacional/2.d
Núñez et al. (2023)22 México The Lancet Regional Health. Estudo observacional/2.d
Deb et al. (2023)23 Índia Journal Pre-proof Revisão sistemática/3.a
Abdelaal et al. (2023)24 Egito Asia-Pacific Journal of Ophthalmology Revisão Sistemática e meta-análise/3.b
Zaqout et al. (2023)25 Catar Journal of Infection and Public Health Estudo de coorte/3.c
Fink et al. (2023)26 Reino Unido The Lancet infectious diseases. Estudo de coorte retrospectiva/3.c
Sobral-Costas et al. (2023)27 Espanha Journal of the American Academy of Dermatology Estudo de coorte prospectiva/3.c
Mazzotta et al. (2023)28 Itália Journal of Medical Virology Prospective cohort study/3.c
Morales et al. (2023)29 Espanha Eurosurveillance Estudo de coorte prospectiva/3.c
Zucker et al. (2023)30 Israel Clinical Microbiology and Infection Estudo de coorte retrospectiva/3.c
Herrán-Arita et al. (2023)31 México Microorganisms Estudo de caso-controle/3.d
Rimmer et al. (2023)32 Reino Unido International Journal of Infectious Diseases. Estudo caso-controle/3.d
Sahin Y, et al. (2023)33 Turquia Annals of the Brazilian Academy of Sciences Revisão sistemática/4.a
Chenchula et al. (2023)34 Índia Archives of Virology. Revisão sistemática/4.a
Hatami et al. (2023)35 Irã Biomedicines. Revisão sistemática com meta-análise/4.a
Jaffer et al. (2023)36 EUA American Journal of Otolaryngology Revisão sistemática com meta-análise/4.a
Sharma et al. (2023)37 Índia International Journal of Emergency Medicine Revisão sistemática/4.a
Du et al. (2023)38 China International Journal of Public Health Revisão sistemática/4.a
Simadibrata et al. (2023)39 Indonésia Journal of Medical Virology Revisão sistemática/4.a
Jaiswal et al. (2023)40 EUA Current Problems in Cardiology Revisão sistemática/4.a
Pourriyahi et al. (2023)41 Irã Journal of Medical Virology Revisão sistemática/4.a
Liu et al. (2023)42 China Pathogens Revisão sistemática com meta-análise/4.a
Velázquez-Cervantes et al. (2023)43 México Revista Clínica Española Revisão sistemática/4.a
Khan et al. (2023)44 Nepal Medicine Revisão sistemática/4.a
Gandhi P A, et al. (2023)45 Índia eClinicalMedicine Revisão sistemática/4.a
Chaudhari S, et al. (2023)46 EUA Cureus Revisão sistemática/4.a
Li et al. (2023)47 China Signal Transduction and Targeted Therapy Estudo transversal/4.b
Angelo et al. (2023)48 Multicêntrico The Lancet infectious diseases. Estudo transversal/4.b
Eser-Karlidag et al. (2023)49 Multicêntrico New Microbes and New Infections Estudo transversal/4.b
Webb et al. (2022)50 Reino Unido BMJ Global Health Revisão sistemática/2.a
Nörz et al. (2022)51 Alemanha Eurosurveillance Ensaio experimental/2.c
Hoffmann et al. (2022)52 Alemanha HIV Medicine Estudo retrospectivo/2.d
Silva et al. (2022)53 Brasil The Lancet Regional Health. Estudo de coorte prospectiva/3.c
Tarín-Vicente et al. (2022)54 Espanha The Lancet Estudo de coorte/3.c
Acevedo et al. (2022)55 Chile SSRN eLibrary Estudo caso-controle/3.d
Mailhe M et al. (2022)56 França Clinical Microbiology and Infection Estudo observacional/3.e
García-Hernández L, et al. (2022)57 Espanha Revista Española de Salud Pública Estudo retrospectivo/3.e
Bunge et al. (2022)58 EUA PLOS Neglected Tropical Diseases Revisão sistemática/4.a
Jairoun et al. (2022)59 Emirados Árabes Journal of Infection and Public Health. Estudo transversal/4.b
Amao et al. (2022)60 Nigéria Journal of Public Health. Estudo transversal/4.b
Martínez et al. (2022)61 Espanha Eurosurveillance Estudo transversal/4.b
Antinori et al. (2022)62 Itália Eurosurveillance Estudo transversal/4.b
Peiró-Mestres et al. (2022)63 Espanha Eurosurveillance Estudo transversal/4.b
Perez Duque et al. (2022)64 Portugal Eurosurveillance Estudo transversal/4.b
Ricco et al. (2022)65 Itália Tropical Medicine and Infectious Disease Estudo transversal/4.b
Beer et al. (2019)66 Reino Unido Plos Neglected Tropical Diseases Revisão sistemática/2.a
Li et al. (2017)67 EUA The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene. Estudo experimental/2.b
Nolen et al. (2015)68 República Democrática do Congo The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene. Estudo de coorte retrospectiva/3.c
Formenty et al. (2010)69 EUA Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Estudo retrospectivo/4.b
Huhn et al. (2005)70 EUA Clinical Infectious Diseases Estudo caso-controle/3.d

*Level of evidence according to global JBI12

 

Tabela 3. Principais achados quanto aos aspectos dos casos de mpox humana

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Tabela 3. Principais achados quanto aos aspectos dos casos de mpox humana

Aspectos Principais achados
Sinais e sintomas
  • O período de incubação do vírus MPXV é de 4 a 21 dias, com período médio de 8,5 dias34,37,49,56.
  • Sintomas como febre, linfadenopatia, proctite, lesões orais e/ou anogenitais, exantema, cefaleia, astenia, mialgia, calafrios, mal-estar, fadiga e complicações oculares foram apresentados14,51,60,61, enquanto a odinofagia e tosse são menos comuns20.
  • As erupções cutâneas iniciam na fase macular e depois progride para as fases papular, vesicular, pustulosa e crostas33,41,51,56.
  • Transmissão
  • Ocorre em sua maioria em indivíduos do sexo masculino, com intervalo de 18 a 67 anos de idade, com uma média de idade de 35 anos19,20,25,55.
  • Transmissão inter-humana: associada através de gotículas respiratórias, contato com fluidos corporais, ambiente ou pertences de um paciente contaminado, lesão de pele de uma pessoa infectada e com transmissão sexual de um indivíduo infectado com lesões na virilha e genitais35,58.
  • Transmissão animal-humano: contato direto com hospedeiros virais naturais ou consumo de hospedeiros, ou contato direto com sangue de um animal infectado, fluidos corporais ou inoculação através de lesões muco cutâneas35,58.
  • O vírus é particularmente perigoso para mulheres grávidas, crianças abaixo de oito anos de idade e em pessoas com sistema imunológico comprometido13,43,66.
  • Diagnóstico
  • O diagnóstico dá-se preferencialmente pela transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase (RT-PCR)19,52,53,56,61.
  • As amostras diagnósticas ideais vêm da erupção cutânea, fluido, crostas ou, em alguns casos, uma biópsia das lesões46.
  • Investigar viagens, história sexual ou qualquer contato próximo com pessoas com erupção cutânea semelhante ou infecção suspeita ou confirmada por varicela19,38,41.
  • As amostras também podem ser testadas para o vírus varicela-zoster (VZV41.
  • Prevenção
  • Não existem vacinas especificamente concebidas para proteger contra a infecção e doença da mpox humana20.
  • As vacinas contra varíola ACAM-2000 e MVA-BN são recomendadas profilaticamente para pessoas em risco de exposição ao MPXV33,41.
  • Recomenda-se o uso da vacina contra varíola Imvanex para profilaxia após exposição de contato próximo ao paciente com o vírus33.
  • Para todos os casos, incluindo os suspeitos, são feitas recomendações de isolamento domiciliar sob vigilância clínica e epidemiológica, uso de máscaras cirúrgicas ao compartilhar o mesmo local e evitar o contato com animais domésticos. Essas medidas devem ser mantidas até que as lesões da pele se tornem crostosas e todas as crostas caírem21,45,57.
  • Os profissionais de saúde devem usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) específicos para isolamento por gotículas e de contato62.
  • Rastreamento de contatos para controlar a propagação da varíola dos macacos deve ser feito61.
  • Tratamento
  • Não há terapia específica clinicamente comprovada para a doença da varíola dos macacos37,62.
  • O tratamento é principalmente sintomático5662.
  • Para as lesões cutâneas, o cidofovir tópico é uma terapia potencialmente relevante, mas com leve envolvimento sistêmico25,27.
  • Para casos graves, principalmente em pacientes grávidas, crianças com menos de oito anos de idade ou indivíduos imunocomprometidos, foi aprovado a utilização de medicamentos antivirais para tratar a varíola, como o Tecovirimat (TPOXX)21,25,33.
  • Cuidados da equipe multiprofissional e da equipe de enfermagem
  • Reconhecer precocemente os casos de infecção por MPXV através de protocolos de triagem de alerta, isolamento e controle de infecção apropriados21,45,57.
  • Realizar rastreamento dos casos, mediante a busca ativa de casos nas unidades de saúde20,21.
  • Monitorar possíveis sintomas como febre, calafrios, erupção cutânea e linfadenopatia por 21 dias após a última exposição37,49,56.
  • Tratar sintomatologia de acordo com a necessidade de cada paciente56,62.
  • Oferecer suporte para manutenção do equilíbrio hídrico adequado37.
  • Ofertar suporte hemodinâmico, como oxigênio suplementar ou outro suporte respiratório, se necessário37.
  • Tratar infecções bacterianas secundárias de lesões cutâneas, quando indicadas26.
  • Identificar e tratar infecções e complicações oculares decorrentes do MPXV34,56.
  • Oferecer apoio psicossocial ao paciente e a família60.
  •  

    Discussão

    Sinais e sintomas

    Em relação ao período de incubação do MPXV, ou seja, o intervalo desde a infecção até o início dos sintomas, a maioria dos estudos relatou um período de 4 a 21 dias, com período médio de 8,5 dias34,37,49,55. Anteriormente ao surto de 2022, o período médio de incubação da infecção era de 5 a 13 dias70.

    Os pacientes apresentam tipicamente sintomas como febre, linfadenopatia, proctite, lesões orais e/ou anogenitais, exantema, cefaleia, astenia, mialgia, calafrios, mal-estar, fadiga e complicações oculares51,60,61, enquanto a odinofagia e tosse são menos comuns20. Os sintomas sistêmicos são seguidos pelo desenvolvimento de erupções cutâneas características. Geralmente, as erupções aparecem na boca e logo se espalham para o rosto e extremidades, envolvendo as palmas das mãos e solas dos pés45. Lesões na região anogenital, presentes no ânus, região perianal, escroto e pênis, também foram relatadas nos estudos16,37,42.

    Em razão dos sintomas sistêmicos que ocorrem no início semelhantes a um quadro de síndrome gripal, o diagnóstico inicial pode ser ignorado. Com a manifestação das erupções cutâneas perto dos genitais, frequentemente ocorre o diagnóstico do MPXV como outra Infecção Sexualmente Transmissível (IST)70. Observa-se a necessidade de identificar e monitorar os sintomas para diagnóstico diferencial por parte dos profissionais de saúde.

    Reforçando esse apontamento, os achados mostram a possibilidade de complicações decorrentes da infecção pelo MPXV, como infecções subsequentes da pele, pneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea levando até a potencial perda de visão37,46. Os indivíduos imunocomprometidos, gestantes e crianças menores de oito anos estão mais propensos a ter complicações graves da doença, com uma taxa de mortalidade de 1 a 11%66.

    Transmissão

    O vírus MPXV pode ser transmitido de pessoa para pessoa, animal para animal e de animal para humano. A transmissão entre humanos tem sido associada a transmissão por gotículas respiratórias, contato com fluídos corporais, contato com lesões de pele de uma pessoa infectada e com a transmissão sexual de um indivíduo infectado com lesões na virilha e genitais. Ainda, os estudos apontam que o ambiente ou pertences de um paciente contaminado, como roupas e roupas de cama/banho, são capazes de transmitir o vírus35,58.

    Um achado interessante neste estudo, foi a passagem transplacentária do vírus, sendo possível atravessar a placenta da mãe infectada e contaminar o feto. De acordo com as orientações, é recomendado que o acompanhamento de gestantes infectadas inclua a monitorização fetal por meio de ultrassonografia, a fim de detectar possíveis anomalias, como hepatomegalia fetal ou hidropisia43.

    A maioria dos estudos apontam o sexo masculino como mais frequente entre os casos relatados. Em homens, a idade observada foi entre 20 e 67 anos de idade, com idade média de 35 anos19,20,25,55. No surto atual do MPXV, frequentemente os homens se identificavam como homens que tem relações sexuais com homens, homossexuais e bissexuais32,48. Pesquisas confirmam esse achado e essa população requer maior atenção71,72.

    Outro achado relevante refere-se ao relato frequente do desenvolvimento do MPXV em pacientes com o vírus da imunodeficiência humana (HIV)48. Isso pode estar relacionado com a taxa de incidência em homens, que são o principal grupo afetado pela infecção do HIV.

    Estudo aponta que em relação às taxas de exposição, os homens heterossexuais representam 49% dos casos e os homossexuais 38%. Em populações específicas, como a de homens que fazem sexo com homens, estudos indicam uma alta prevalência de HIV, com cerca de 18,4%73. Além disso, foram identificados fatores de risco em homens jovens, como envolver-se em comportamentos e atividades de risco, como sexo sem preservativo e positividade ao HIV48,74.

    Diagnóstico

    O diagnóstico da infecção pelo vírus MPXV foi identificado nos estudos como preferencialmente pela transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase (RT-PCR). As amostras para testes de RT-PCR são retiradas do sangue, garganta, região anal, vesículas da pele e urina19,52,53,56,61. No entanto, as amostras diagnósticas ideais vêm da erupção cutânea, fluídos, crostas ou, em alguns casos, biópsia das lesões46.

    Quando suspeitar clinicamente de infecção por MPXV, os profissionais de saúde devem questionar o paciente sobre viagens e histórico sexual, além de qualquer contato próximo com pessoas com erupção cutânea semelhante ou infecção suspeita ou confirmada pelo vírus19,38,41.

    Prevenção

    Não existem vacinas especificamente concebidas para proteger contra a infecção do MPXV. No entanto, muitos estudos relatam que a vacinação anterior contra a varíola oferece proteção contra a mpox humana e modifica o quadro clínico para um quadro mais leve, apesar do declínio progressivo da imunidade induzida pela vacina em indivíduos mais velhos20,33,41. Estima-se que a vacina contra a varíola confere cerca de 85% de eficácia contra a mpox humana66.

    Para todos os casos, incluindo pacientes suspeitos e contaminados confirmados, deve-se realizar medidas de controle em relação ao paciente e seus contatos. É recomendado o isolamento domiciliar do paciente; uso de máscaras cirúrgicas ao compartilhar o mesmo quarto, tanto pelo paciente afetado como pelo contato; evitar compartilhamento de objetos pessoais, incluindo roupas, toalhas e lençóis; e, ainda, distanciar o contato com animais domésticos. Essas medidas deveriam ser mantidas até que as lesões da pele se tornassem crostosas e todas as crostas tivessem caído21,45,57,61.

    Os profissionais de saúde devem usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) específicos para isolamento por gotículas e de contato, como avental, luvas, proteção para os olhos e máscara N95/PFF262.

    Tratamento

    Os achados apontam que não há terapia específica clinicamente comprovada para a doença da varíola dos macacos. O tratamento é baseado na sintomatologia e no suporte clínico necessário, incluindo o uso de antitérmicos e analgésicos, manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico, nutrição, identificação precoce de infecções secundárias com tratamento imediato com agentes antimicrobianos disponíveis37,62.

    Um medicamento chamado Tecovirimat, também conhecido como TPOXX ou ST-246, foi aprovado para a infecção pelo vírus MPXV no início de 2022. Deve ser utilizado em casos graves, como gestantes e crianças21,25,33. No entanto, ainda não está amplamente disponível e mais estudos são necessários para comprovar sua segurança e eficácia.

    Um tratamento identificado para as lesões cutâneas foi o cidofovir tópico a 1%, apresentando-se como uma terapia potencialmente relevante, mas com leve envolvimento sistêmico. O uso deve ser avaliado quanto ao risco-benefício25,27.

    Cuidados da equipe multiprofissional e da equipe de enfermagem

    Não foram encontrados estudos que abordassem com frequência e especificamente os cuidados da equipe multiprofissional e, sobretudo, da equipe de enfermagem. Logo, os resultados identificados nesta revisão podem facilitar o manejo ao paciente com infecção relacionada ao MPXV.

    Estratégias como reconhecer precocemente os casos de infecção por MPXV por meio de protocolos de triagem de alerta, isolamento e controle de infecção apropriados e realizar rastreamento dos casos, mediante a busca ativa de casos nas unidades de saúde são adequadas para prevenir e controlar os casos desenfreados e devem ser desenvolvidas pelos profissionais de saúde. Além disso, deve-se monitorar possíveis sintomas como febre, calafrios, erupção cutânea e linfadenopatia por um período de 21 dias após a última exposição que um paciente tiver com casos confirmados ou casos com erupções cutâneas características49,56,61.

    As intervenções adotadas pela equipe que presta assistência ao paciente com infecção por MPXV devem se basear, principalmente, em: tratar sintomatologia; oferecer suporte para manutenção do equilíbrio hídrico adequado, devido à possibilidade de aumento das perdas insensíveis de líquidos pela pele, diminuição da ingestão oral e vômitos ou diarreia; ofertar suporte hemodinâmico, como oxigênio suplementar ou outro suporte respiratório, se necessário; e tratar infecções bacterianas secundárias de lesões cutâneas, quando indicado26,37,56,62.

    Um achado importante está relacionado ao manejo de infecções e complicações oculares, uma vez que a infecção por MPXV pode resultar especificamente em cicatrizes na córnea e/ou perda de visão. Abordagens como avaliação ocular precoce, aplicação de lubrificantes, antibióticos tópicos e possivelmente antivirais tópicos, como trifluridina, podem ser utilizadas para evitar riscos potenciais à visão do paciente35,56. Neste contexto, a enfermagem apresenta papel fundamental por fornecer assistência direta aos pacientes, com o intuito de evitar lesões graves e manter a integridade ocular.

    O apoio psicossocial também foi relatado nos estudos, onde os profissionais devem prestar assistência de acordo com a necessidade do paciente e da família. A escuta ativa e a transmissão de mensagens de apoio podem ser estratégias consideradas para o apoio psicossocial60. Por se tratar de uma infecção relativamente atual onde o aumento de casos se deu no último ano, as pessoas podem se sentir ameaçadas e com medo em relação ao MPXV, principalmente pela escassez de informações. Dessa forma, o apoio psicossocial é uma intervenção considerada relevante para a assistência ao paciente com MPXV.

    Assim, cabe aos profissionais de saúde, sobretudo a equipe de enfermagem, que mantêm contato mais próximo com o paciente, estabelecer intervenções que colaborem com a progressão positiva do quadro do paciente, atendendo às suas respostas humanas decorrentes da infecção pelo vírus MPXV.

    Este estudo apresenta limitações que podem estar relacionadas com as bases de dados selecionadas para a identificação dos estudos, que podem ter colaborado para ocultar outras pesquisas relevantes sobre a temática abordada. Em relação ao nível de evidência, a maioria dos estudos apresentou baixo nível de evidência, provavelmente em razão de ser uma temática relativamente atual e ainda pouco estudada.

    Recomenda-se o desenvolvimento de estudos científicos com níveis de evidência mais fortes, como estudos experimentais ou quase-experimentais, a fim de fornecer evidências mais seguras para a assistência a esses pacientes. Vale salientar que as informações contidas nos resultados do presente estudo podem sofrer mudanças de acordo com a realização de novos estudos sobre a temática.

     

    Conclussão

    Identificou-se informações disponíveis na literatura acerca dos principais aspectos clínicos relacionados aos casos de mpox humana, sendo eles: sinais e sintomas, transmissão, diagnóstico, prevenção, tratamento e cuidados da equipe multiprofissional e da equipe de enfermagem. A partir disso, foi realizada uma análise das informações e um compilado de informações concretas foram dispostas nos resultados desta revisão.

    Conflitos de Interesses: Não há conflitos de interesses a declarar.

    Financiamento: Este estudo não recebeu financiamento para seu desenvolvimento.

     

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