Violência obstétrica à luz da Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural
DOI:
https://doi.org/10.15649/cuidarte.1536Palabras clave:
Violência contra a Mulher, Teoria de Enfermagem, Assistência PerinatalResumen
- A violencia obstétrica está presente em maternidades.
- Pode ocorrer de modo velado.
- É importante conhecer a percepção das puérperas.
- Aspectos culturais interferem no modo como a violencia obstétrica é percebida.
Introdução: A violência obstétrica pode ser do tipo física, verbal, psicológica, sexual e negligência da assistência. Não utilização de medicação analgésica, tratamento grosseiro, privação do direito de acompanhante durante o parto, procedimento sem o consentimento da parturiente são exemplos de violência, que está cada vez mais presente e de forma velada nos serviços de saúde brasileiro. Objetivou-se analisar relatos de puérperas sobre violência obstétrica à luz da Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural. Materiais e Método: Estudo transversal, abordagem qualitativa, desenvolvido em estratégias de Saúde da Família com 10 puérperas. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada cujos resultados foram organizados e adaptados ao modelo Sunrise. Resultados: A maioria das participantes eram jovens, casadas/união estável, primíparas e com parto vaginal. Na adaptação do modelo, considerando seus conceitos, observou-se ausência de conhecimento do parto/trabalho de parto; medo; violência perpetrada contra as mulheres resultantes da ausência de comunicação, desumanização, exposição do corpo e desconforto, repercutindo em cuidado fragilizado, com insatisfação frente ao serviço de saúde. Discussão: A violência obstétrica é comum no cenário brasileiro, acontecendo muitas vezes de forma velada, pois as parturientes não conhecem sobre o assunto, bem como, seus direitos. Conclusão: A violência obstétrica aconteceu por meio do caráter sexual, físico, psicológico e institucional, tornando o ato de parir algo temoroso, resultante do medo, falhas na comunicação e cuidado fragilizado.
Como citar este artigo: Melo, Bruna Larisse Pereira Lima; Moreira, Felice Teles Lira dos Santos; Alencar, Rayane Moreira de; Cavalcante, Edilma Gomes Rocha; Maia, Evanira Rodrigues; Albuquerque, Grayce Alencar. Violência obstétrica à luz da Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural. Revista Cuidarte. 2022;13(1):e1536. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.1536
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