Representações sociais da autonomia profissional do enfermeiro no centro cirúrgico
DOI:
https://doi.org/10.15649/cuidarte.849Palabras clave:
Autonomia Profissional, Enfermagem, Papel do Profissional de Enfermagem, Centros CirúrgicosResumen
Introdução: Autonomia profissional na enfermagem se apresenta como tema complexo e pouca visibilidade, sobretudo em setores que demandam ações de grande complexidade como, no centro cirúrgico. Objetivo: Analisar as representações sociais elaboradas por enfermeiros sobre sua autonomia profissional no centro cirúrgico. Materiais e Métodos: Estudo descritivo-exploratório de abordagem qualitativa, desenvolvido com o suporte teórico da Teoria das Representações Sociais. Participaram do estudo nove enfermeiros atuantes no centro cirúrgico de um hospital universitário do estado do Rio de Janeiro. A coleta ocorreu entre junho e outubro de 2017 por meio de entrevista semiestruturada. Os dados foram submetidos à análise temática. Resultados: Da análise dos dados emergiram as categorias: a autonomia profissional do enfermeiro do centro cirúrgico: conhecimento, liberdade de atuação e poder de decisão; os limites para a autonomia profissional do enfermeiro do centro cirúrgico: relações hierárquicas e de poder e conhecimento. Discussão: A autonomia profissional do enfermeiro no centro cirúrgico é um objeto de representação com dimensões distintas, uma cognitiva e uma prática, cuja primeira se pauta essencialmente no conhecimento técnico-científico, e a segunda na liberdade de atuação e no poder de decisão necessários ao exercício pleno da autonomia. Conclusões: A autonomia profissional do enfermeiro é um objeto de representação social, pois ela é corpo gerador de conhecimentos, saberes, reflexão e identidade profissional capaz de suscitar atitudes e práticas.
Como citar este artigo: Milosky JP, Silva ACSS, Gomes AMT, Góes FGB, Knupp VMAO, Silva MVG. Representações sociais da autonomia profissional do enfermeiro no centro cirúrgico. Rev Cuid. 2020; 11(1): e849. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.849
Referencias
Santos ÉID, Alves YR, Silva ACSSD, Gomes AMT. Autonomia profissional e enfermagem: representações de profissionais de saúde. Rev Gaúcha Enferm. 2017; 38(1): e59033. http://dx.doi.org/10.1590/1983- 1447.2017.01.59033
Santos FDOFD, Montezeli JH, Peres AM. Autonomia profissional e sistematização da assistência de enfermagem: percepção de enfermeiros. Rev. Min. Enferm. 2012; 16(2), 251-257.
Martins FZ, Dall’Agnol CM. Centro cirúrgico: desafios e estratégias do enfermeiro nas atividades gerenciais. Rev Gaúcha Enferm. 2016; 37(4): e56945. https://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2016.04.56945
Salbego C, Dornelles CS, Greco PBT, Pradebon VM, Alberti GF. Significado do cuidado para a enfermagem de centro cirúrgico. Rev RENE. 2015; 16(1): 46-53. https://dx.doi.org/10.15253/2175-6783.2015000100007
Martins-Silva PO, Junior AS, Peroni GGH, De Medeiros CP, Da Vitória NO. Teoria das representações sociais nos estudos organizacionais no Brasil: análise bibliométrica de 2001 a 2014. Cad. EBAPE. BR. 2016; 14(4): 891-919. http://dx.doi.org/10.1590/1679-395155900
Rocha LF. Teoria das representações sociais: a ruptura de paradigmas das correntes clássicas das teorias psicológicas. Psicologia Ciência e Profissão. 2014; 34(1): 46-65. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932014000100005
Tong A, Sainsbury P, Craig J. Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ): a 32-item checklist for interviews and focus groups. Int. J. Qual. Health Care.2007; 19(6): 349-357. https://doi.org/10.1093/intqhc/mzm042
Jodelet D. A representação: noção transversal, ferramenta da transdisciplinaridade. Cadernos de Pesquisa. 2016; 46 (162): 1258-71. https://doi.org/101590/198053143845
Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições70, 2011, 229 p.
Luiking ML, Arts L, Bras L, Grypdonk M, Van Linger R. Planned change or emergent change implementation approach and nurses’ professional clinical autonomy. Nurs Crit Care. 2015; 22(6):372-381. http://www.dx.doi.org/10.1111/nicc.12135
Jesus MS, Said FA. Autonomia e a prática assistencial do enfermeiro. Cogitare Enferm. 2008; 13(3): 410-21. http://www.dx.doi.org/10.5380/ce.vl3i3.12996
Andrade JB, Cavalcante MB, Apóstolico MR. Marketing pessoal e enfermagem: projeção para visibilidade social do enfermeiro. Enferm. Foco. 2017; 8(1): 82-6. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2017.v8.n1.946
Santos PS, Bernardes A, Vasconcelos RMA, Santos RS. Relação entre médicos e enfermeiros do hospital regional de cáceres dr. antônio fontes: a perspectiva do enfermeiro. Rev. Ciênc. Est. Acadêmicos de Medicina. 2015;1(4): 10-28.
Assis JT, Santos JF, Pinto LMC, Brito PKH, Ferreira MA, Fernandes MC. Identidade profissional do enfermeiro na percepção da equipe da estratégia saúde da família. Rev. Saúde e Ciência online. 2018; 7(2):43-58.
Amorim LKA, Souza NVDO, Pires AS, et al. O trabalho do enfermeiro: reconhecimento e valorização profissional na visão do usuário. Rev. Enferm. UFPE on line. 2017; 11(5): 1918-25.
Bonfada MS, Pinno C, Camponogara S. Potencialidades e limites da autonomia do enfermeiro em ambiente hospitalar. Rev. Enferm. UFPE online. 2018; 12(8): 2235-46. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i8a234915p2235-2246-2018
Teixeira AC, Barbieri-Figueiredo MC. Empoderamento e satisfação profissional em Enfermagem: uma revisão integrativa, em consonância com a Teoria Estrutural. Rev. Enf. Ref. 2015; IV(6): 151-160. http://dx.doi.org/10.12707/RIV1402
Supametaporn P. The Conceptualization of Professional Nurse Autonomy. Nursing Science Journal of Thailand. 2013; 31(1), 80-6.
Mota DB, Gomes AMT, Silva ACSS, Ramos RS, Nogueira VPF, Belém LS. Representações sociais da autonomia do enfermeiro para acadêmicos de enfermagem. Rev Cuid. 2018; 9(2): 2215-32. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v9i2.528
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Altmetrics
Descargas
Licencia
Journal Cuidarte, scientific publication of open access, is licensed under a Creative Commons Attribution (CC BY-NC), which permits use, distribution and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited and is not used for commercial purposes.
Any other form of use such as reproduction, transformation, public communication or distribution, for profit, requires the prior authorization of the University of Santander UDES.
The names and e-mail addresses entered in the Journal Cuidarte will be used exclusively for the purposes stated by this magazine and will not be available for any other purpose or other person.
The articles published in the Journal Cuidarte represent the criteria of their authors and do not necessarily constitute the official opinion of the University of Santander UDES.