Perfil sociodemográfico e epidemiológico de uma comunidade quilombola na Amazônia Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.15649/cuidarte.v9i2.521Keywords:
Grupo com Ancestrais do Continente Africano, Populações Vulneráveis, Perfil de Saúde.Abstract
Introdução: As comunidades quilombolas são definidas pela particularidade quanto à trajetória histórica e a presunção de ancestralidade negra ligada à resistência, à violência, perseguição e dominação histórica sofrida. O objetivo deste estudo foi traçar o perfil sociodemográfico e epidemiológico de uma comunidade quilombola e identificar aspectos socioeconômicos capazes de repercutir na sua condição de saúde. Materiais e Métodos: Estudo transversal realizado em comunidade quilombola situada na área metropolitana de Belém, Pará, Brasil. Amostra composta por 130 adultos que responderam a questionário com 45 perguntas fechadas, referentes a aspectos socioeconômicos, culturais, saúde, alimentação e estilo de vida. Resultados: Predominou o sexo feminino, baixa escolaridade e renda familiar de até 1 salário mínimo. Residências em alvenaria, mas sem saneamento básico na comunidade levando a hábitos prejudiciais à saúde, quanto ao uso da água e destino dos dejetos. Predominam uso de fumo, álcool e sedentarismo, associado aos hábitos alimentares pouco saudáveis. Discussão: Os dados sobre a saúde, alimentação, cultura e estilo de vida mostraram-se importantes no processo saúde e doença das famílias quilombolas. Conclusões: Caracterizou-se a comunidade quilombola quanto à condição sociodemográfica e epidemiológica, identificando aspectos socioeconômicos que repercutem na sua condição de saúde. Salienta-se que os problemas identificados podem contribuir para que ações de saúde sejam planejadas e efetivadas conforme a realidade, considerando-se o contexto social, político e ambiental da comunidade, valorizando seus saberes e práticas tradicionais.
Como citar este artigo: Freitas IA, Rodrigues ILA, Silva IFS, Nogueira LMV. Perfil sociodemográfico e epidemiológico de uma comunidade quilombola na Amazônia Brasileira. Rev Cuid. 2018; 9(2): 2187-200. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v9i2.521
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