Estratégias de enfrentamento: uma revisão sistemática sobre instrumentos de avaliação no contexto brasileiro

Authors

DOI:

https://doi.org/10.15649/cuidarte.v9i2.503

Keywords:

Adaptação Psicológica, Avaliação, Inquéritos e Questionários.

Abstract

Introdução: O enfrentamento caracteriza-se pela junção de estratégias cognitivas e comportamentais usadas pelos indivíduos, para o controle das demandas internas e externas e quando tais estratégias não são utilizadas de forma assertiva predispõem o indivíduo ao adoecimento. Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática dos instrumentos para a avaliação das estratégias de enfrentamento adaptadas ao contexto brasileiro. Materiais e Métodos: Revisão sistemática da literatura realizada nas bases de dados EBSCO, MEDLINE/PubMed, Web of Science e Scopus, no período de 2002 - 2017. Resultados: Foram encontrados 305 artigos (português, espanhol e inglês), 33 artigos que tiveram critérios de elegibilidade e 11 artigos foram incluídos por tratarem de instrumentos validados que avaliam estratégias de enfrentamento. Sendo eles: Escala Modo de Enfrentamento de Problemas e Inventário de Estratégias de Coping. Discussão: Os instrumentos são compostos por adaptações transculturais, de estilo psicométrico e de autoaplicação. De modo geral, os instrumentos apresentaram boas evidências de validade e fidedignidade. As propriedades de validade e consistência interna (confiabilidade) dos instrumentos foram consideradas satisfatórias. Conclusões: Espera-se que esse trabalho incentive o avanço na busca de instrumentos de avaliação das estratégias de enfrentamento e que ofereça subsídios para o planejamento de intervenções mais assertivas, a fim de auxiliar os indivíduos no enfrentamento das situações conflitantes, minimizando o impacto do adoecimento.

Como citar este artigo: Morero JAP, Bragagnollo GR, Santos MTS. Estratégias de enfrentamento: uma revisão sistemática sobre instrumentos de avaliação no contexto brasileiro. Rev Cuid. 2018; 9(2): 2257-68. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v9i2.503

Author Biographies

Juceli Andrade Paiva Morero, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Mestranda pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. 

Gabriela Rodrigues Bragagnollo, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Mestranda pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Departamento de Saúde Pública. Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Maria Teresa Signorini Santos, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Mestranda pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

References

Lazarus R, Folkman S. Stress, appraisal, and coping. New York: Springer. 1984; 6-8.

Pereira TB, Rodrigues VLB. As estratégias de coping na promoção à saúde mental de pacientes oncológicos: uma revisão bibliográfica. Rev. Psicol. Saúde. 2016; 8 (1): 24-31. http://dx.doi.org/10.20435/2177093X2016104

Mussumeci AM, Ponciano TEL. Estresse, coping e experiências emocionais: uma análise das respostas de enfrentamento do casal. Pensando famílias. 2017; 21(1): 33-49.

Siqueira DS, Figueiredo AEPL, Costa BEP, Riegel F. Perfil de enfrentamento (coping) e qualidade de vida dos pacientes pré e pós-transplante renal. Rev enferm UFPE on line. 2016; 10(1): 371-4.

Trentini M, Silva SH, Valle ML, Hammers SKSA. Enfrentamento de situações adversas e favoráveis por pessoas idosas em condições crônicas de saúde. Rev Latino-Am Enfermagem. 2005; 13(1): 38-45. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692005000100007

Umann J, Silva M, Benavente SBT, Guido LA. O impacto das estratégias de enfrentamento na intensidade de estresse de enfermeiras de hemato-oncologia. Rev. Gaúcha Enferm. 2014; 35(3): 103-10. http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2014.03.44642

Kleinubing RE, Goulart CT, Silva RM, Umann J, Guido LA. Estresse e coping em enfermeiros de terapia intensiva adulto e cardiológica. Revista de Enfermagem da UFSM. 2013; 3(2): 335-44. https://doi.org/10.5902/217976928924

Ribeiro RM, Pompeo DA, Pinto MH, Ribeiro RC. Estratégias de enfrentamento dos enfermeiros em serviço hospitalar de emergência. Acta Paul Enferm. 2015; 28(3): 216-23. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201500037

Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, Group P. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. J Clin Epidemiol. 2009; 62(10): 1006-12. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2009.06.005

Santos CMDC, Pimenta CADM, Nobre MRC. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Rev Latino-Am Enferm. 2007; 15: 508-11. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692007000300023

Carlotto RC, Teixeira MAP, Dias ACG. Adaptação acadêmica e Coping em estudantes universitários. Psico-USF. 2015; 20(3): 421-32. http://dx.doi.org/10.1590/1413-82712015200305

Kohlsdorf M. Coping strategies adopted by patients with chronic kidney disease in preparation for transplant. Psychology, Community & Health. 2015; 4(1): 27-38. https://doi.org/10.5964/pch.v4i1.103

Wesner AC, Gomes JB, Detzel J, Guimarães JSP, Heldt E. Booster sessions after cognitive-behavioral group therapy for panic disorder: Impact on resilience, coping and quality of life. Behavioral and Cognitive Psychotherapy. 2015; 43: 513-25. https://doi.org/10.1017/S1352465814000289

Sorato D, Osório F. Coping, psychopathology, and quality of life in câncer patients under palliative care. Palliative and Supportive Care. 2015; 13: 517-25. https://doi.org/10.1017/S1478951514000339

Wesner AC, Gomes JB, Detzel T, Blaya C, Manfro GG, Heldt E. Effect of cognitive-behavioral group therapy for panic disorder in changing coping strategies. Comprehensive Psychiatry. 2014; 55: 87-92. http://dx.doi.org/10.1016/j.comppsych.2013.06.008

Faisal-Cury A, Savoia MG, Menezes PR. Coping style and Depressive Symptomatology during Pregnancy in a Private Setting Sample. The Spanish Journal of Psychology. 2012; 15(1): 295-305. https://doi.org/10.5209/rev_SJOP.2012.v15.n1.37336

Negromonte MRO, Araújo TCF. Impacto do manejo clínico da dor: avaliação de estresse e enfrentamento entre profissionais de saúde. Rev Latino-AM Enfermagem. 2011;1 9(2): 7. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692011000200003

Araújo RB, Oliveira MS, Pedroso RS, Castro MGT. Coping strategies for craving management in nicotine dependent patients. Rev. Bras. Psiquiatri. 2009; 31(2): 89-94. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462009000200002

Viana SO, Sampaio RF, Mancini MC, Parreira VF, Drummond AS. Life Satisfaction of Workers with Work-related Musculoskeletal Disorders in Brazil: Association with Symptoms, Functional Limitation and Coping. J Occup Rehabil. 2007; 17: 33-46. http://dx.doi.org/10.1007/s10926-006-9062-z

Savoia MG, Bernik M. Adverse Life events and Coping Skills in Panic Disorder. Rev Hosp Clin. Fac. Med S. Paulo. 2004; 59(6): 337-40. http://dx.doi.org/10.1590/S0041-87812004000600005

Bassols AMS, Carneiro BB, Guimarães GC, Okabayashi LMS, Carvalho FG, Silva AB, et al. Stress and coping in a sample of medical students in Brazil. Arch Clin Psychiatry. 2015; 42(1):1-5. http://dx.doi.org/10.1590/0101-60830000000038

Streiner DL. Being inconsistent about consistency: when coefficient alpha does and doesn´t matter. Journal of Personality Assessment. 2003; 80: 217-22. https://doi.org/10.1207/S15327752jPA8003_01

Bautista LM, Arias MF, Carreño ZO. Percepción de los familiares de pacientes críticos hospitalizados respecto a la comunicación y apoyo emocional. Rev Cuid. 2016; 7(2): 1297-1309. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v7i2.330

Alves D, Silva L, Delmondes G, Lemos IC, Kerntopf MR, Albuquerque G. Cuidador de criança com câncer: religiosidade e espiritualidade como mecanismos de enfrentamento. Rev Cuid. 2016; 7(2): 1318-24. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v7i2.336

Streiner DL. Being inconsistent about consistency: when coefficient alpha does and doesn´t matter. Journal of Personality Assessment. 2003; 80: 217-22. https://doi.org/10.1207/S15327752JPA8003_01

Seidl EMF, Troccoli BT, Zannon CML. Análise Fatorial de Uma Medida de Estratégias de Enfrentamento. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 2001; 17 (3): 225-34. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722001000300004

Folkman S, Lazarus RS. If it changes it must be a process: A study of emotion and coping during three stages of a college examination. Journal of Personality and Social Psychology. 1985; 48: 150-70. http://dx.doi.org/10.1037/0022-3514.48.1.150

Gimenes MGG. A teoria do enfrentamento e suas implicações para sucessos e insucessos em psiconcologia. 1997. Em Gimenes MGG, Fávero MH. A mulher e o câncer. Campinas: Editorial Psy. 1997; (1): 111-47.

Savóia MG, Santana PR, Mejias NP. Adaptação do Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus para o português. Psicologia USP. 1996; 7 (1; 2): 183-201.

Folkman S, Lazarus RS, Gruen RJ, De Longis A. Appraisal, coping, health status and psychological symptoms. Journal of Personality and Social Psychology. 1966; 50: 571-9. http://dx.doi.org/10.1037/0022-3514.50.3.571

Sánchez RT, Molina EM, Gómez-Ortega OR. Intervenciones de enfermería para disminuir la sobrecarga en cuidadores: un estudio piloto. Rev Cuid. 2016; 7(1): 1171-84. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v7i1.251

Published

2018-05-04

How to Cite

1.
Andrade Paiva Morero J, Rodrigues Bragagnollo G, Signorini Santos MT. Estratégias de enfrentamento: uma revisão sistemática sobre instrumentos de avaliação no contexto brasileiro. Revista Cuidarte [Internet]. 2018 May 4 [cited 2024 Dec. 21];9(2):2257-68. Available from: https://revistas.udes.edu.co/cuidarte/article/view/503

Issue

Section

Review Article

Altmetrics

Downloads

Download data is not yet available.

Most read articles by the same author(s)