Índice de massa corporal associado às caractéristicas das puérperas e dos neonatos

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15649/cuidarte.v10i2.678

Palabras clave:

Índice de Massa Corporal, Obesidade, Recém-Nascido, Gestantes, Enfermagem Obstétrica

Resumen

Introdução: O índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional inadequado acarreta riscos maternos/fetais. Objetivos: Identificar o IMC pré-gestacional e associá-lo com os dados sociodemográficos e obstétricos das puérperas; e identificar o IMC pré-gestacional e o ganho de peso na gravidez relacionados às características dos neonatos. Materiais e Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, desenvolvido em hospital referência, com 187 binômios. Devido à ausência de distribuição gaussiana, as variáveis contínuas foram comparadas, utilizando-se testes não paramétricos (Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis). As amostras pareadas foram comparadas utilizando-se o teste de Wilcoxon pareado. Para comparação das variáveis categóricas, utilizou-se o teste exato de Fisher ou o teste qui-quadrado de Pearson. Resultados: O IMC pré-gestacional variou de 16 a 53kg/m², média 25,0 ±5,9kg/m²; 41,2% com sobrepeso e mulheres obesas; a média do ganho de peso gestacional foi 11Kg ±30Kg; Houve aumento progressivo do peso de acordo com o aumento da idade (P=0,009); mulheres obesas foram mais propensas a serem internadas por Síndrome Hipertensiva Gestacional (P=0,003) e por hipertensão arterial crônica (P=0,026); a média do peso dos neonatos foi 3146,8g ±559,7g. O peso dos neonatos das obesas foi superior (P=0,034). Houve correlação positiva entre o IMC materno pré-gestacional e o peso do RN ao nascimento (rho–0,219; P=0,003). Discussão: Os resultados demostraram aumento de peso nas gestantes corroborando com outras pesquisas da literatura. Conclusões: A avaliação do estado nutricional deve acontecer no planejamento da gestação para evitar futuras complicações.

Como citar este artigo: Tresso BD, Tavares BB. Índice de massa corporal associado às caractéristicas das puérperas e dos neonatos. Rev Cuid. 2019; 10(2): e678. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v10i2.678

Biografía del autor/a

Beatriz Barco Tavares, Faculdade de medicina de São José do Rio Preto- FAMERP

Enfermeira Obstétrica, Mestre em Enfermagem Obstétrica pela EEUSP, doutora em Ciencias da Saúde pela FAMERP. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem Especializada do Curso de Graduação em Enfermagem da FAMERP. Chefe da disciplina de Saúde da Mulher. Coordenadora dos cursos Lato Sensu em: Enfermagem Pediátrica e Neonatal; Enfermagem nas Unidades de Terapia Intensiva

Beatriz Dornelas Tresso, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

Formada na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), no ano de 2017. Cursando aprimoramento no Hospital de Base, na Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto. 

 

Referencias

Ministério da Saúde, Vigitel. Brasília 2017. 70 p. [acesso em 2017 Ago 16]. Vigitel Brasil 2015- Saúde Suplementar: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico [recurso eletrônico]. Disponível em: http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Materiais_por_assunto/2015_vigitel.pdf

Wilson RM, Messaoudi I. The impact of maternal obesity during pregnancy on offspring immunity. Mol Cell Endocrinol. 2015; 418(2): 134-42. https://doi.org/10.1016/j.mce.2015.07.028

Mahizir D, Briffa JF, Hryciw DH, Wadley GD, Moritz KM, Wlodek ME. Maternal obesity in females born small: Pregnancy complications and offspring disease risk. Mol Nutr Food Res. 2016; 60(1): 8-17. https://doi.org/10.1002/mnfr.201500289

Mission JF, Marshall NE, Caughey AB. Pregnancy risks associated with obesity. Obstet Gynecol Clin North Am. 2015; 42(2): 335-53. https://doi.org/10.1016/j.ogc.2015.01.008

Downs DS. Obesity in Special Populations: Pregnancy. Prim Care. 2016; 43(1): 109-20. https://doi.org/10.1016/j.pop.2015.09.003

Ferreira RAB, Benicio MHDA. Obesidade em mulheres brasileiras: associação com paridade e nível socioeconômico. Rev Panam Salud Publica. 2015; 37(4/5): 337-42.

Pakniat H, Mohammadi F, Ranjkesh F. The Impact of Body Mass Index on Pregnancy Outcome. J Midwifery Reprod Health. 2015; 3(2): 361-7.

Santangeli L, Sattar N, Huda SS. Impact of maternal obesity on perinatal and childhood outcomes. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol. 2015; 29(3): 438-48. https://doi.org/10.1016/j.bpobgyn.2014.10.009

Thomas H. Maternal obesity affects neonatal adipogenesis. Nature Reviews Endocrinology Published online. 2015. https://doi.org/10.1038/nrendo.2015.225

Ministério da Saúde, Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília (DF): Editora do Ministério da Saúde. 2013; p.78.

Carlhäll S, Bladh M, Brynhildsen J, Claesson IM, Josefsson A, Sydsjö G, et al. Maternal obesity (Class I-III), gestational weight gain and maternal leptin levels during and after pregnancy: a prospective cohort study. BMC Obes. 2016; 3: 28. https://doi.org/10.1186/s40608-016-0108-2

Cresswell JA, Campbell OM, De Silva MJ, Slaymaker E, Filippi V. Maternal obesity and Caesarean delivery in sub-Saharan Africa. Trop Med Int Health. 2016; 21: 879-85. https://doi.org/10.1111/tmi.12713

Diemert A, Lezius S, Pagenkemper M, Hansen G, Drozdowska A, Hecher K, et al. Maternal nutrition, inadequate gestational weight gain and birth weight: results from aprospective birth cohort. BMC Pregnancy Childbirth. 2016; 16: 224. https://doi.org/10.1186/s12884-016-1012-y

Zanardo V, Mazza A, Parotto M, Scambia G, Straface G. Gestational weight gain and fetal growth in underweight women. Italian Journal of Pediatrics. 2016; 42:74. https://doi.org/10.1186/s13052-016-0284-1

Nicácio TS, Alves VM, Oliveira RMS, Pereira Netto M. Análise histórica do atendimento pré-natal e condições de saúde de gestantes atendidas por uma unidade básica de saúde de Juiz de Fora. JMPHC. 2016; 7(1): 150.

Ferreira RAB, Benicio MHDA. Obesidade em mulheres brasileiras: associação com paridade e nível socioeconômico. Rev Panam Salud Publica. 2015; 37(4/5): 337-42.

Ministério da Saúde, Vigitel. [homepage na internet]. Brasília (DF); 2016. [acesso em 2017 Jul 28]. Vigitel Brasil 2016 - Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão; [aproximadamente 44 telas]. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/media/uploads/PDFs/vigitel.pdf

Nascimento IB do, Barbosa WS, Schneider L, Cipriano J, Bollmann da ACM, Silva JC. Identificar a influência da obesidade nos desfechos obstétricos. Arq. Catarin Med. 2017; 46(2): 97-107.

Abacasis MP. A gravidez, o aumento de peso e o acompanhamento nutricional: Custos e benefícios [tese]. Faculdade de Medicina de Lisboa; 2015.

Papachatzi E, Paparrodopoulos S, Papadopoulos V, Dimitriou G, Vantarakis A. Pre-pregnancy maternal obesity in Greece: A case-control analysis. Early Hum Dev. 2016; 93: 57-61. https://doi.org/10.1016/j.earlhumdev.2015.12.006

Xie YJ, Peng R, Han L, Zhou X, Xiong Z, Zhang Y, et al. Associations of neonatal high birth weight with maternal pre-pregnancy body mass index and gestational weight gain: a case-control study in women from Chongqing, China. BMJ Open. 2016; 6(8): e010935. https://doi.org/10.1136/bmjopen-2015-010935

Costa LD, Cura CC, Perondi AR, França VF, Bortoli DS. Perfil Epidemiológico de gestantes de alto risco. Cogitare Enferm. 2016; 21(2): 1-8. https://doi.org/10.5380/ce.v21i2.44192

Leal RC, Santos CNC, Lima MJV, Moura SK, Pedrosa AO, Costa ACM. Complicações materno-perinatais em gestação de alto risco. Rev enferm UFPE. 2017; 11(Supl.4):1641-9.

Salge AK, Castral T, Sousa M, Souza RR, Minamisava R, Souza SM. Infecção pelo vírus Zika na gestação e microcefalia em recém-nascidos: revisão integrativa de literatura. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2016; 18: e1137. https://doi.org/10.5216/ree.v18.39888

Silva MG, Vinaud MC, Castro AM. Prevalence of toxoplasmosis in pregnant women and vertical transmission of Toxoplasma gondii in patients from basic units of health from Gurupi, Tocantins, Brazil, from 2012 to 2014. PLoS One. 2015; 10(11): e0141700. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0141700

Ministério da Saúde. Diretrizes de estimulação precoce: crianças de zero a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2016 [acesso em: 31 mar. 2016].

Ministério da Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2016 [acesso em: 31 mar. 2016].

Damasceno ABA, Monterio DLM, Rodrigues LB. Sífilis na gravidez. Revista HUPE. 2014; 13(3): 88-94. https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12133

Domingues RMSM, Szwarcwald CL, Junior PRBS, Leal MC. Prevalência de sífilis na gestação e testagem pré-natal: Estudo: Nascer no Brasil. Rev. Saúde Pública. 2014; 48(5): 766-74. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005114

Siqueira MLBS, Aquino LMM, Silva RA, Mendes SO, Alves SM, Medeiros MO. Prevalencia de infecção pelo Treponema pallidum em gestantes atendidas pela unidade municipal de saúde de Rondonópolis, MT. Biodiversidade. 2017; 16(1): 210.

Abi-Abib RC, Cabizuca CA, Carneiro JRI, Braga FO, Cobas RA, Gomes MB. Diabetes na gestação. Rev HUPE. 2014; 13(3): 40-7. https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12136

Rattner D, Moura EC. Nascimentos No Brasil: associação do tipo de parto com variáveis temporais e sociodemográficas. Rev Bras Saude Mater Infant. 2016; 16(1): 39-47. https://doi.org/10.1590/1806-93042016000100005

Pimentel TA, Oliveira-Filho EC. Fatores que influenciam na escolha da via de parto cirúrgica: uma revisão bibliográfica. Univ Ci Saúde. 2016; 14(2): 187-99. https://doi.org/10.5102/ucs.v14i2.4186

Ferrari AP, Carvalhaes MABL, Parada CMGL. Associação entre pré-natal e parto na rede de saúde suplementar e cesárea eletiva. Rev Bras Epidemiol. 2016; 19(1): 75-88. https://doi.org/10.1590/1980-5497201600010007

Domingues RMSM, Dias MAB, Nakamura-Pereira M, Torres JA, d'Orsi E, Pereira APE. et al. Processo de decisão pelo tipo de parto no Brasil: da preferência inicial das mulheres à via de parto final. Cad Saúde Pública. 2014; 30(Suppl.1): S101-S116. https://doi.org/10.1590/0102-311X00105113

Bello LML, Saavedra PS, Gutiérrez LEG, García JÁH, Serra LM. Características sociodemográficas y sanitarias asociadas con bajo peso al nacer en Canarias. Nutr Hosp. 2015; 32(4):1541-47.

Oliveira RR, Melo EC, Novaes ES, Ferracioli PLRV, Mathias TAF. Fatores associados ao parto cesárea nos sistemas públicos e privado de atenção á saúde. Rev Esc Enferm USP. 2016; 50(5): 734-41.

Oliveira LL, Gonçalves AC, Costa JSD, Bonilha ALL. Maternal and neonatal factors related to prematurity. Rev Esc Enferm USP. 2016; 50(3): 382-9. https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000400002

Publicado

2019-05-03

Cómo citar

1.
Tavares BB, Tresso BD. Índice de massa corporal associado às caractéristicas das puérperas e dos neonatos. Revista Cuidarte [Internet]. 3 de mayo de 2019 [citado 23 de noviembre de 2024];10(2). Disponible en: https://revistas.udes.edu.co/cuidarte/article/view/678

Número

Sección

Artículos de Investigación

Altmetrics

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.