Câncer infantojuvenil do âmbito familiar: percepções e experiências frente ao diagnóstico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15649/cuidarte.v10i1.570

Palavras-chave:

Neoplasias, Adaptação Psicológica, Criança, Adolescente, Família.

Resumo

Introdução: O diagnóstico de câncer infantojuvenil pode afetar o relacionamento e a dinâmica familiar, além de desencadear sofrimentos e medos, causados pela apreensão de sua descoberta, tratamento e controle. Assim, este estudo objetiva compreender o enfrentamento das famílias diante do diagnóstico de câncer infantojuvenil. Materiais e Métodos: Constituiu-se de estudo descritivo, transversal e de abordagem qualitativa, realizado no Centro de Alta Complexidade em Oncologia Irmã Malvina de Montes Claros-MG. Para a concepção da pesquisa, foi realizada uma entrevista semiestruturada a 27 cuidadores familiares de crianças e adolescentes portadores de câncer, que atenderam aos critérios de inclusão. Em seguida, os dados foram tabulados e analisados pela técnica análise de conteúdo. O estudo foi autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer 2.536.184/2018. Resultados: Após a análise dos dados, foi possível traçar um perfil socioeconômico do familiar e epidemiológico da criança doente. Quanto aos familiares, na maioria, eram de sexo feminino, com parentesco de 1° grau com a criança doente, e dedicavam seu tempo a atividades direcionadas ao cuidado com o filho. No tocante à epidemiologia dos casos, cerca de 55% representavam a Leucemia Linfoblástica Aguda. Discussão: Os resultados encontrados foram agrupados em três categorias que abordam o impacto inicial do diagnóstico, o conhecimento como forma de alívio e as estratégias de enfrentamento. Conclusões: Observou-se que o diagnóstico de câncer infantojuvenil tem grande impacto na dinâmica familiar e gera nessas famílias sentimentos dolorosos e desesperadores que desencadeiam a busca por alternativas de enfrentamento para se adaptarem a essa nova realidade.

Como citar este artigo: Paula DPS, Silva GRC, Andrade JMO, Paraiso AF. Câncer infantojuvenil do âmbito familiar: percepções e experiências frente ao diagnóstico. Rev Cuid. 2019; 10(1): e570. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v10i1.570

Biografia do Autor

Daniela Paola Santos de Paula, Instituto Educacional Santo Agostinho, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.

Discente do Curso de Graduação em Enfermagem pelo Instituto Educacional Santo Agostinho.Membro do Grupo de Pesquisa e Extensão Universitária em Enfermagem .

Gabriely Rita Carvalho da Silva, Instituto Educacional Santo Agostinho, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil

Discente do Curso de Graduação em Enfermagem pelo Instituto Educacional Santo Agostinho.Membro do Grupo de Pesquisa e Extensão Universitária em Enfermagem.

João Marcus Oliveira Andrade, Instituto Educacional Santo Agostinho, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.

Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes - 2013-2015). Atua como professor e coordenador do Curso de Enfermagem das Faculdades Santo Agostinho de Montes Claros (FASA) e professor do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da Unimontes. 

Alanna Fernandes Paraiso, Instituto Educacional Santo Agostinho, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.

Doutoranda em Ciências da Saúde pela UNIMONTES / PPGCS (2014-2018).  Atualmente é professora dos cursos de graduação em Enfermagem e Farmácia das Faculdades Santo Agostinho de Montes Claros. 

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Publicado

2018-12-20

Como Citar

1.
Santos de Paula DP, Carvalho da Silva GR, Oliveira Andrade JM, Fernandes Paraiso A. Câncer infantojuvenil do âmbito familiar: percepções e experiências frente ao diagnóstico. Revista Cuidarte [Internet]. 20º de dezembro de 2018 [citado 5º de julho de 2024];10(1). Disponível em: https://revistas.udes.edu.co/cuidarte/article/view/570

Edição

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Artigo de Pesquisa

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