Transporte de crianças em ambulâncias terrestres: segurança e conhecimentos dos profissionais

Autores/as

  • Sílvia Faria Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, Aveiro, Portugal.
  • Lurdes Lomba Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra, Portugal.
  • Maribel Carvalhais Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha de Oliveira de Azeméis, Oliveira de Azeméis, Portugal.
  • Jorge Apóstolo Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.15649/cuidarte.v8i1.349

Palabras clave:

Transporte de Pacientes, Ambulâncias, Acidentes, Criança, Medidas de Segurança.

Resumen

Introdução: O transporte de crianças em ambulâncias terrestres é uma problemática ainda insuficientemente investigada em todo o mundo. Neste contexto pretende-se conhecer as medidas de segurança usadas no transporte de crianças em ambulâncias terrestres e identificar o conhecimento dos profissionais acerca das medidas a adotar para este tipo de transporte. Materiais e Métodos: Estudo quantitativo, exploratório descritivo. A análise das medidas de segurança usadas no transporte de crianças tem por base as recomendações da National Highway Traffic Safety Administration. Aplicado um questionário a 135 enfermeiros e bombeiros/tripulantes de ambulâncias portuguesas baseado em 4 possíveis situações de transporte e abrangendo 5 faixas etárias pediátricas. Resultados: Os profissionais adotam uma grande variedade de medidas de segurança na prática havendo uma diferença significativa entre a forma como transportam as crianças e o modo que consideram ser o ideal. Os resultados da avaliação do transporte situam-se mais próximos dos níveis de segurança aceitáveis do que dos níveis recomendados como ideais. Verifica-se que mulheres, profissionais graduados e enfermeiros de pediatria transportam as crianças em ambulâncias com mais segurança. Discussão e Conclusões: Muitos profissionais desconhecem as possibilidades de transporte seguro para as crianças nem conhecem recomendações para este tipo de transporte. A dispersão apurada na forma como o transporte é efetuado e os resultados obtidos sugerem a necessidade de regulamentação deste transporte, de investimento na formação dos profissionais e de sensibilização das instituições de saúde para a importância do uso de sistemas de retenção para crianças durante o seu transporte.

Cómo citar este artículo: Faria S, Lomba L, Carvalhais M, Apóstolo J. Transporte de crianças em ambulâncias terrestres: segurança e conhecimentos dos profissionais. Rev Cuid. 2017; 8(1): 1433-48. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v8i1.349

Biografía del autor/a

Sílvia Faria, Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, Aveiro, Portugal.

Mestre em Enfermagem. Enfermeira no Serviço de Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, Aveiro, Portugal. Autor correspondente. E-mail: silviacfaria@gmail.com

Lurdes Lomba, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra, Portugal.

Doutorada em Enfermagem. Professor Adjunto na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra,  Coimbra, Portugal. E-mail: mlomba@esenfc.pt

Maribel Carvalhais, Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha de Oliveira de Azeméis, Oliveira de Azeméis, Portugal.

Doutorada em Ciências da Saúde. Professora Adjunta na Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha de Oliveira de Azeméis, Oliveira de Azeméis, Portugal. E-mail: maribel.esenfcvpoa@gmail.com

Jorge Apóstolo, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra Portugal.

Doutorado em Desenvolvimento e Intervenção Psicológica. Professor Adjunto na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra Portugal. E-mail: japostolo@esenfc.pt

Referencias

U.S. Department of transportation, National Highway Traffic Safety Administration. Public meeting on draft recommendations for safely transporting children in specific situations in emergency ground ambulances. Federal Register. 2010; 75(137): 41923-26.

Lundalv J. Emergency medical vehicle crashes and injury events in northern Finland. JCCM. 2007; 2(4): 181-87.

U.S. Department of transportation, National Highway Traffic Safety Administration. Working group best-practice -recommendations for safely transporting children in specific situations in emergency ground ambulances. 2012:1-43.

Levick N, Grzebieta R. Development of proposed crash test procedures for ambulance vehicles. 20th International Technical Conference on the Enhanced Safety of Vehicles (ESV); 2007 Junho 18-21; Lyon, France. Disponível em: http://www-nrd.nhtsa.dot.gov/pdf/esv/esv20/07-0074-O.pdf [Consulta Fevereiro 14, 2014].

Levick NR, Swanson J. An optimal solution for enhancing ambulance safety: implementing a driver performance feedback and monitoring device in ground emergency medical service vehicles. Ann Proc Assoc Adv Automot Med. 2005; (49): 35-50.

Levick NR, Schelew WB, Blatt A, Gillespie G, Li G. Occupant injury hazards. In: Ambulance transport, findings from full vehicle crash testing. Acad Emerg Med. 2001; 8(5): 527.

Levick NR, Winston F, Aitken S, Freemantle R, Marshall F, Smith G. Development and application of a dynamic testing procedure for ambulance pediatric restraint systems. Soc Aut Eng. 1998; 58(2): 45-51.

Levick NR. Emergency Medical Services: Unique Transportation Safety Challeng. Transportation. Research Board 87th Annual Meeting; 2008 January 08-3010; Washington DC, USA. Disponível em: http://www.objectivesafety.net/LevickTRB08-3010CD.pdf [Consulta: Janeiro 23, 2014].

Levick NR, Li G, Yannaccone J. Development of a dynamic testing procedure to assess crashworthiness of the rear patient compartment of ambulance vehicles, Enhanced Safety of Vehicles. Technical paper series 2001; 454: 1-7. Disponível em: http://www-nrd.nhtsa.dot.gov/pdf/nrd-01/esv/esv17/proceed/00053.pdf [Consulta: Janeiro 10, 2014].

Wilson P. Fasten their seatbelts: legal restrains of children in car seats and road ambulances. Pediatr Nurs. 2007; 19 (7):14-18. https://doi.org/10.7748/paed.19.7.14.s21

Organização Mundial de Saúde. 10 facts on global road safety. 2011. Disponível em: http://www.who.int/features/factfiles/roadsafety/en/index.html [Consulta: Janeiro 12, 2014].

Levick N. Emergency medical services: a transportation safety emergency. American Society of Safety Engineers Technical. 2007; 628:1-18. Disponível em: http://www.objectivesafety.net/PDFarticlesgallery.htm [Consulta: Fevereiro 3, 2014].

NP EN 1789: 1999. Norma Portuguesa para veículos de transporte sanitário e respectivo equipamento – ambulâncias. Lisboa (PT): Instituto Português da Qualidade; 2002.

Equipment for Ground Ambulances. American Academy of Pediatrics, American College of Emergency Physicians, American College of Surgeons Committee on Trauma, Emergency Nurses Association, National Association of EMS Physicians & National Association of State EMS Officials. Prehosp Emerg Care. 2014; 18(1): 92-7. https://doi.org/10.3109/10903127.2013.851312

Transporte de Doentes Críticos – Recomendações. Comissão da Competência em Emergência Médica da Ordem dos Médicos e Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos. 2008. Centro Editor Livreiro da Ordem dos Médicos. Disponível em: http://spci.pt/files/2016/03/9764_miolo1.pdf [Consulta: Fevereiro 11, 2014].

Johnson TD, Lindholm D, Dowd MD. Child and provider restraints in ambulances: knowledge, opinions, and behaviors of emergency medical services providers. Acad Emerg Med. 2006; 13(8): 886-92. https://doi.org/10.1197/j.aem.2006.03.562

Seidel JS, Greenlaw J. Use of restraints in ambulances: A state survey. Pediatr Emerg Care.1998; 14 (3): 221-3. https://doi.org/10.1097/00006565-199806000-00014

Bull MJ, Weber K, Talty J, Manary M. Crash protection for children in ambulances - Recommendations and Procedures. Proc Assoc Adv Automot Med. 2001; 45: 353-67.

The Dos and Don’ts of Transporting Children in an Ambulance. Health Resources and Services Administration, National Highway Traffic Safety Administration. 1999. Disponível em: http://www.ems1.com/ems-products/ambulances/articles/756441-The-dos-and-donts-of-transporting-children-in-ambulances/ [Consulta: Janeiro 5, 2014].

O'Neil J, Steele GK, Weinstein E, Collins R, Talty J, Bull MJ. Ambulance transport of noncritical children: emergency medical service providers’ knowledge, opinions, and practice. Clin Pediatr. 2014; 53(3): 250-5. https://doi.org/10.1177/0009922813517168

Becker LR, Zaloshnja E, Levick N, Li G, Miller TR. Relative risk of injury and death in ambulances and other emergency vehicles. Accid Anal Prev. 2003; 35(6): 941-8. https://doi.org/10.1016/S0001-4575(02)00102-1

Levick NR. Transport safety. What you cannot afford not to know. 2007 Disponível em: http://www.objectivesafety.net/2007LondonOntarioHO.pdf [Consulta: Janeiro 19, 2014].

Levick NR, Grabowski JG, Becker L, Better A, Tsai A, Li G. Injury hazards in pediatric ambulance transport. Pediatric Research. 2000; 47(4 Pt 2): 113A-113A.

Penha, SS, Duarte, RF, Ferreira, MAG. Fatores que influenciam o modo de transporte de crianças para a escola. Disponível em: http://pluris2010.civil.uminho.pt/Actas/PDF/Paper80.pdf [Consulta: Feveriro 23, 2014].

Brunhoso MGS. Segurança infantil: observação da criança no transporte automóvel. Viseu (PT): Instituto Politécnico de Viseu. 2015. Disponível em: http://repositorio.ipv.pt/bitstream/10400.19/2861/1/BRUNHOSO,%20MariaGermanaSousa%20DM.pdf [Consulta: Março 2, 2014].

European Transport Safety Council. Back on track to reach the EU 2020 Road Safety target? 7th Road Safety PIN Report, 1993-2013. Bruxelas (Bélgica): European Transport Safety Council; 2013.

Martins S, Gouveia R, Sandes AR, Correia S, Nascimento C, Figueira J, et al. Transporte automóvel de lactentes e crianças. Conhecimentos e atitudes de mães portuguesas. Acta Pediátrica Portuguesa. 2007; 38 (6): 246-9.

Publicado

2017-01-01

Cómo citar

1.
Faria S, Lomba L, Carvalhais M, Apóstolo J. Transporte de crianças em ambulâncias terrestres: segurança e conhecimentos dos profissionais. Revista Cuidarte [Internet]. 1 de enero de 2017 [citado 28 de abril de 2024];8(1):1433-48. Disponible en: https://revistas.udes.edu.co/cuidarte/article/view/349

Número

Sección

Artículos de Investigación

Altmetrics

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.