Prevalência do HIV no Brasil 2005-2015: dados do Sistema Único de Saúde

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15649/cuidarte.v8i3.462

Palabras clave:

HIV, Prevalência, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.

Resumen

Introdução: O HIV, tornou-se um dos maiores problemas da saúde pública no mundo. O Brasil tem apresentado avanços em relação ao tratamento, porém teve alguns retrocessos. O objetivo do estudo foi descrever a prevalência do HIV no Brasil no período de 2005-2015. Materiais e Métodos: Estudo transversal com dados secundários do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre notificações de HIV. A análise estatística se deu por meio do teste de qui-quadrado para comparar a frequência do número de casos de acordo com as variáveis de notificação de casos e obtenção das taxas de HIV. Resultados: O Brasil apresentou entre os anos de 2005-2015 aumento nas taxas de notificações de HIV, passando de 11 casos em para 18 casos/100 mil habitantes. A região sul apresentou aumento de 16,6 para 28,9 casos/100 mil habitantes. Homens possuem as taxas mais altas de notificações, sendo a faixa etária mais prevalente a dos 30-49 anos. A Cor/Raça branca teve o maior percentual médio (46,9%) de pessoas com notificação entre os anos de 2005-2012. Pessoas com menores níveis educacionais tiveram queda nas taxas de notificações entre 2005-2015, passando de 45,4%-27,9%. Discussão: No Brasil, observa-se no período avaliado o aumento nas taxas de prevalência de HIV, com predomínio de novos casos na faixa etária dos 30 aos 49 anos e do sexo masculino. Conclusões: São necessárias medidas de prevenção e educação em saúde desta população mais exposta ao risco sejam realizadas no país com maior frequência, principalmente nas regiões que se tem maior número de registros do país.

Como citar este artigo: Dartora WJ, Ânflor ÉP, Silveira LRP. Prevalência do HIV no Brasil 2005-2015: dados do Sistema Único de Saúde. Rev Cuid. 2017; 8(3): 1919-28. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v8i3.462

Biografía del autor/a

William Jones Dartora, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestre, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, Brasil. 

Éder Propp Ânflor, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, Brasil.

Enfermeiro, Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, Brasil. 

Letícia Ribeiro Pavão da Silveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, Brasil.

Mestranda. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, Brasil. 

Referencias

Sousa MA, Lyra A, Araújo CCF, Pontes JL, Freire RC, Pontes TL. A política de AIDS no Brasil: uma revisão de literatura. J Manag Prim Health Care. 2012; 3(1):62-6.

Ministério da Saúde, Brasil. Programa Nacional de DST-A. Brasília: Ministério da Saúde. 2017.

Ministério da Saúde, Brasil. Portal da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. 2017.

UNAIDS. Report on the global AIDS epidemic 2016. Geneva: AIDS by the numbers. 2016.

Murray CJL, Barber RM, Foreman KJ, Ozgoren AA, Abd-Allah F, Abera SF, et al. Global, regional, and national disability-adjusted life years (DALYs) for 306 diseases and injuries and healthy life expectancy (HALE) for 188 countries, 1990-2013: Quantifying the epidemiological transition. Lancet. 2015; 386(10009): 2145-91. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(15)61340-X

UNAIDS. Prevention gap report 2016. Geneva: AIDS by the numbers. 2016.

UNAIDS. Beginning of the end of the AIDS epidemic. Geneva: AIDS by the numbers. 2013.

Ministério da Saúde, Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico Aids/DST. Brasília: Ministério da Saúde. 2016.

Greco DB. Thirty years of confronting the Aids epidemic in Brazil, 1985-2015. Ciência & Saúde Coletiva. 2016; 21(5): 1553-64. https://doi.org/10.1590/1413-81232015215.04402016

Villarinho VM, Padilha MI, Berardinelli LMM, Borenstein MS, Meirelles BHS, Andrade SR. Políticas públicas de saúde face à epidemia da AIDS e a assistência às pessoas com a doença. Rev Bras Enferm. 2013; 66(2): 271-7. https://doi.org/10.1590/S0034-71672013000200018

Grangeiro A, Castanheira ER, Nemes MIB. The reemergence of the Aids epidemic in Brazil: Challenges and perspectives to tackle the disease. Interface (Botucatu). 2015; 19(52): 7-8. https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0038

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasília. Contagem Populacional. 2017.

Ministério da Saúde, Brasil. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Brasília: Ministério da Saúde. 2017.

Hood JE, Golden MR, Hughes JP, Goodreau SM, Siddiqi AE, Buskin SE, et al. Projected demographic composition of the United States population of people living with diagnosed HIV. AIDS Care. 2017; 10: 1-8. https://doi.org/10.1080/09540121.2017.1308466

Lima VD, Lourenço L, Yip B, Hogg, RS, Phillips P, Montaner JSG. Trends in AIDS incidence and AIDS-related mortality in British Columbia between 1981 and 2013. Lancet HIV. 2015; 2(3): 92-7. https://doi.org/10.1016/S2352-3018(15)00017-X

Niedźwiedzka-Stadnik M, Pielacha M, Rosińska M. HIV and AIDS in Poland in 2014. Przegl Epidemiol. 2016; 70(2): 249-59.

Santos MMC, Fialho FA, Dias IMAV, Silva EMM. El rol del profesional de enfermería frente a la lactancia materna en la madre con VIH. Rev Cuid. 2012; 3(1): 404-9. https://doi.org/10.15649/cuidarte.v3i1.39

Secretaria Municipal de Saúde, Brasil. Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. 2015. Boletim Epidemiológico nº 58. 2015.

Fontes MB, Crivelaro RC, Scartezini AM, Lima DD, Garcia AA, Fujioka RT. Determinant factors of knowledge, attitudes and practices regarding STD/AIDS and viral hepatitis among youths aged 18 to 29 years in Brazil. Cien Saude Colet. 2017; 22(4): 1343-52. https://doi.org/10.1590/1413-81232017224.12852015

Neve JW, Fink G, Subramanian SV, Moyo S, Bor J. Length of secondary schooling and risk of HIV infection in Botswana: evidence from a natural experiment. Lancet Glob Health. 2015; 3(8): 470-7. https://doi.org/10.1016/S2214-109X(15)00087-X

Prejean J, Song R, Hernandez A, Ziebell R, Green T, Walker F, et al. Estimated HIV Incidence in the United States, 2006-2009. PLOS ONE. 2011; 6(8): 17502. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0017502

Beyrer C, Baral SD, Collins C, Richardson ET, Sullivan PS, Sanchez J, et al. The global response to HIV in men who have sex with men. Lancet. 2016; 388(10040): 198-206. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(16)30781-4

Beyrer C, Baral SD, Griensven FV, Goodreau SM, Chariyalertsak S, Wirtz AL, et al. Global epidemiology of HIV infection in men who have sex with men. Lancet. 2013; 380: 367-77. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(12)60821-6

Qin Q, Guo W, Tang W, Mahapatra T, Wang L, Zhang N, et al. Spatial Analysis of the Human Immunodeficiency Virus Epidemic among Men Who Have Sex with Men in China, 2006-2015. Clin Infect Clin Infect Dis. 2017; 64(7): 956-63. https://doi.org/10.1093/cid/cix031

Ministério da Saúde, Brasil. Secretaria-Executiva. Departamento de monitoramento e Avaliação do SUS. Política Nacional de Informação e Informática em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. p. 56.

Publicado

2017-09-01

Cómo citar

1.
Dartora WJ, Propp Ânflor Éder, Ribeiro Pavão da Silveira L. Prevalência do HIV no Brasil 2005-2015: dados do Sistema Único de Saúde. Revista Cuidarte [Internet]. 1 de septiembre de 2017 [citado 20 de abril de 2024];8(3):1919-28. Disponible en: https://revistas.udes.edu.co/cuidarte/article/view/462

Número

Sección

Artículos de Investigación

Categorías

Altmetrics

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.